Essa será a primeira agenda oficial do presidente após seu retorno da viagem à China e aos Emirados Árabes

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião, na próxima terça-feira (18), para discutir a violência nas escolas com presidentes dos outros dois poderes, governadores, ministros, prefeitos e representantes do Ministério Público, além de parlamentares. A decisão de incluir mais atores políticos no debate ilustra o tamanho da responsabilidade de uma reação rápida e eficaz para tornar escolas ambientes seguros, e assume que não se trata de uma questão fácil.
Essa será a primeira agenda oficial do presidente após seu retorno da viagem à China e aos Emirados Árabes. A mobilização acontece depois de uma série de ataques em escolas brasileiras e em meio a um clima de tensão entre pais de alunos, apesar de indícios de alarmes falsos sobre novos ataques.
Desde o final de março, o Brasil tem presenciado uma onda de ataques em instituições de ensino, com pelo menos oito ocorrências registradas desde então. Em resposta, o governo criou um grupo de trabalho, ampliou o trabalho de inteligência da Polícia Federal, disponibilizou 150 milhões de reais para as escolas e editou uma portaria para responsabilizar as plataformas digitais pela veiculação de conteúdos com apologia à violência nas escolas.
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Mesmo com indícios de serem boatos, a disseminação de ameaças pelas redes tem pressionado tanto as autoridades como dirigentes de escolas públicas e privadas em cidades como São Paulo e Brasília. Grupos de pais com filhos em estabelecimentos de ensino têm registrado que algumas datas surgem nas ameaças com mais frequência, e alguns responsáveis já afirmaram que não enviarão seus filhos para as escolas nesses dias.
O ministro da Educação Camilo Santana falou para deputados que a violência nas escolas não é uma questão fácil, e que colocar mais armas no ambiente escolar pode gerar mais dano.
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