Com prisão decretada por acusação de mais um estupro, Monteiro se entrega no Rio e é transferido ao presídio de Benfica

Gabriel Monteiro é ex-vereador do Rio pelo partido de Bolsonaro. Foto: Divulgação

Com a acusação de um novo caso de estupro, o ex-vereador bolsonarista do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro (PL), teve sua prisão preventiva decretada e se entregou à polícia no final da tarde dessa segunda-feira (7). Na manhã desta terça-feira (8), ele foi transferido ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.

A decisão é do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio. Na decisão, Loewenkron também determinou que sejam aprendidos celulares e armas de fogo do acusado. O processo corre em segredo de Justiça.

Ex-policial militar e youtuber, Gabriel Monteiro responde na Justiça por filmar e divulgar relações sexuais com uma adolescente, assédio moral e sexual contra assessores e de forjar situações para gerar conteúdos para as suas redes sociais. Por causa destes crimes ele teve seu mandato como vereador cassado por quebra de decoro parlamentar.

O pedido de prisão preventiva faz parte de um novo processo por estupro e não faz parte dos casos que foram analisados pelo Conselho de Ética da Câmara do Rio, que pediu a cassação do mandato do então ex-vereador da extrema-direita. Nas denúncias analisadas pela Câmara, constam quatro acusações de mulheres que dizem ter sido estupradas, inclusive crimes contra menores de idade.

Nas eleições deste ano, Monteiro tentou se candidatar a deputado federal. Contudo, seu registro foi indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Em setembro, acabou renunciando a concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Mesmo assim, o ex-vereador manteve seu apoio entre o eleitorado tido como de extrema direita no Rio. O pai de Monteiro, Roberto, e sua irmã, Giselle, foram eleitos deputado federal e deputada estadual, respectivamente, ambos pelo PL do presidente derrotado Jair Bolsonaro.

Novas acusações de estupro

O caso pelo qual o parlamentar responde teria ocorrido no dia 15 de julho, já depois da divulgação de outras denúncias contra ele.

Uma estudante de 23 anos afirma que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e de lá foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul.

Segundo a vítima, no local, Gabriel teria a constrangido a fazer sexo com ele, com violência, passando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus os braços e dando tapas na cara da vítima.

A mulher contou na delegacia que Gabriel a empurrou para a cama, arrancou sua roupa e começou a se relacionar sexualmente com ela de “forma também violenta”. Ela disse aos investigadores que Monteiro passou a interroga-la e a cada resposta ou negativa ela ganhava um tapa no rosto.

A mulher afirmou ainda que tentava se defender das agressões, mas o ex-PM lhe disse: “se você continuar assim, vai ser pior. Eu vou lhe espancar”. Após isso, ela teria dito que parou de se defender e que começou a chorar.

Antes de se apresentar na 77ª Delegacia de Polícia (DP), em Icaraí, bairro de Niterói, na região metropolitana do Rio, ele gravou um vídeo em que nega o crime e disse que vai provar sua inocência.

Com informações do g1 e Agência Estado

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