Ontem, domingo (15), aconteceu o encerramento da 25ª edição do Festival do Rio, que levou à capital do estado uma programação repleta de filmes nacionais e internacionais. A cerimônia contou com a tão esperada premiação, que consagra os filmes com o Troféu Redentor.

Os prêmios foram distribuídos nas seguintes mostras competitivas: Première Brasil, Mostra Brasil – Novos Rumos, e a Mostra/Prêmio Félix – que consagra filmes com temática LGBTQIAPN+. É entregue também o Troféu Suzy Capó (1963-2015), jornalista e produtora cultural.

Na seção principal, a Première Brasil, o grande vencedor foi o filme “A Batalha da Rua Maria Antônia”, dirigido por Vera Egito. A produção ganhou o Troféu Redentor de Melhor Filme de Ficção.

O longa retrata momentos da Batalha da Rua Maria Antônia, em outubro de 1968, ao lado dos estudantes e professores do Movimento Estudantil de Esquerda, no prédio da Faculdade de Filosofia da USP, em uma noite definitiva. Os personagens enfrentam os ataques do Comando de Caça aos Comunistas vindos do outro lado da rua, da Universidade Mackenzie. Quando o confronto explode, molotovs, pedras, paus e bombas são atirados. 24 horas vividas com a paixão da juventude dos anos 1960, em defesa de um sonho, na iminência da invasão dos militares ao prédio da USP.

Pelo já premiado “Levante”, a cineasta Lillah Halla venceu o prêmio de Melhor Direção.

Lillah Halla. Foto: Cine NINJA/Marilda Campbell

Outro destaque foi para o ator Kauan Alvarenga, que venceu o prêmio de Melhor Ator, por “Pedágio”, novo filme de Carolina Markowicz. O jovem ator fez um discurso emocionante de agradecimento. Confira:

Também por “Pedágio”, Maeve Jinkings conquistou o Troféu Redentor de Melhor Atriz, que foi entregue para duas atrizes; Grace Passô, do filme “O dia que te conheci”, também recebeu o prêmio. Grace não pôde comparecer à premiação, mas foi representada pelo diretor do filme, André Novais Oliveira.

Maeve Jinkings. Foto: Cine NINJA/Marilda Campbell

O casal formado pela atriz Nanda Costa e a música Lan Lanh, foram homenageadas com o Troféu Suzy Capó, entregue dentro da Mostra Félix, que prestigia produções e personalidades da comunidade LGBTQIAPN+. As artistas usam suas redes sociais e influência para somar na luta contra a LGBTfobia, tornando-se uns dos principais nomes do ativismo queer nos dias de hoje.

Lan Lanh e Nanda Costa. Foto: Cine NINJA/Marilda Campbell

Confira a lista completa dos premiados do 25º Festival do Rio:

Première Brasil

Melhor curta: “Cabana”, de Adriana de Faria

Melhor documentário: “Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi dos Santos

Melhor direção de documentário: Daniel Gonçalves, por “Assexybilidade”

Menção honrosa de documentário: “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos

Melhor atriz: Maeve Jinkings, por “Pedágio”, e Grace Passô, por “O dia que te conheci”

Melhor ator: Kauan Alvarenga, por “Pedágio”

Melhor atriz coadjuvante: Aline Marta Maia, por “Pedágio”

Melhor ator coadjuvante: Carlos Francisco, por “Estranho caminho”

Melhor fotografia: Evgenia Alexandrova, por “Sem coração”

Melhor direção de arte: Vicente Saldanha, por “Pedágio”

Melhor montagem: Eva Randolph, por “Levante”

Melhor roteiro: Guto Parente, por “Estranho caminho”

Melhor direção de ficção: Lillah Halla, por Levante

Melhor filme de ficção: “A batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito

Prêmio especial do júri: “O dia que te conheci”, de André Novais de Oliveira

Mostra Brasil – Novos Rumos

Melhor longa: “Saudade fez morada aqui dentro”, de Haroldo Borges

Melhor curta: “Dependências”, de Luisa Arraes

Melhor direção: Ricardo Alves Jr., por “Tudo o que você podia ser”

Prêmio especial do júri: “A alma das coisas”, de Douglas Soares

Menção honrosa: “Iracemas”, de Tuca Siqueira, e “Bizarros peixes das fossas abissais”, de Marão

Prêmio Félix

Melhor filme brasileiro: “Sem coração”, de Tião e Nara Normande

Melhor Filme Internacional: “20.000 espécies de abelhas”, de Estibaliz Urresola Solaguren

Melhor documentário: “Orlando, minha biografia política, de Paul B. Preciado

Menção honrosa de documentário: “Assexybilidade”, de Daniel Gonçalves

Prêmio especial do júri: “Tudo o que você podia ser”, de Ricardo Alves Jr.

Troféu Suzy Capó de personalidade do ano: Nanda Costa e Lan Lanh