
MTST faz manifestação em frente ao prédio da Enel contra apagão em São Paulo
Nos últimos dias, cerca de 2,5 milhões de imóveis ficaram sem luz
Em São Paulo, em frente a sede da Enel, no Morumbi, manifestantes do MTST exigem a restauração do serviço de energia e a responsabilização da concessionária pelos prejuízos causados à população do Estado de São Paulo.
Nos últimos dias, cerca de 2,5 milhões de imóveis ficaram sem luz. Dentre eles estão: casas, estabelecimentos comerciais, escolas e até hospitais. Alguns bairros seguem sem o fornecimento de energia. Até ontem, na capital, havia 500 mil imóveis ainda sem energia elétrica.
Segundo dados apresentados pela Aneel, mesmo com mais clientes entre 2019 e 2023, a Enel cortou quase 36% do seu contingente de funcionários. Muitos moradores relataram que não haviam funcionários disponíveis nem para a reparação e nem para o atendimento.
Diante dos recentes fatos, o MTST denuncia o sucateamento dos serviços públicos no Estado de São Paulo, que tem se intensificado por conta das privatizações. A manifestação reivindica ressarcimento dos prejuízos causados a quem ficou sem abastecimento de energia, a retomada imediata da prestação do serviço e um plano de ação eficiente para as temporadas de chuvas.
Débora Lima, coordenadora nacional do MTST acredita que houve descaso da empresa com a população: “Recebemos inúmeras denúncias de comunidades inteiras sem energia por mais de 50 horas. Inúmeras pessoas perderam o pouco que tinham para comer sem qualquer retorno da empresa pelos canais de comunicação. Exigimos a retomada imediata do serviço de energia, o ressarcimento e a responsabilização pelos danos causados. O que aconteceu em São Paulo nos últimos dias é um alerta sobre resultados nefastos das privatizações dos serviços básicos no Estado de São Paulo. A Enel de hoje pode ser a Sabesp de amanhã”.