Líderes do Senado fecham acordo para barrar a reforma da carteira verde e amarela de Bolsonaro
Proposta de mini reforma trabalhista deve perder validade por não ter sido votada a tempo. Parlamentares reforçam que momento é de propor soluções para auxiliar no combate a pandemia do coronavírus
No Senado, os líderes partidários fecharam acordo nesta sexta-feira (17) para não votar a medida provisória da carteira verde e amarela, uma modalidade de contratação voltada para jovens com idade entre 18 e 29 anos e com redução de direitos trabalhistas em relação às regras atuais aplicadas pelo mercado. A proposta implementa ainda uma série de mudanças na relação entre patrão e empregado. Entre elas, está a isenção de contribuição previdenciária e das taxas pagas pelo empregador às entidades do Sistema S (Senai, Sesc, Sesi e Senac).
O acordo é fruto principalmente dos ataques feitos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, contra Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da Câmara. A medida precisa ser votada até segunda-feira (20) ou perde a validade.
O Senador Weverton Rocha (MA), líder do PDT, afirmou: “Ela é uma minirreforma trabalhista e não deve ser votada dessa forma. Não tem relação com a pandemia. É uma afronta às leis trabalhistas”.