O grupo existiu até o dia 8 de janeiro de 2023, data em que ocorreram ataques às sedes dos Três Poderes

Foto: Agência Brasil

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, era um dos integrantes do grupo de Whatsapp chamado “Notícias Brasil”, que incluía militares da ativa e da reserva, no qual foram discutidas ações golpistas. O general da reserva Sérgio Etchegoyen também fazia parte. A informação foi relevada por Juliana Dal Piva, no UOL.

O grupo existiu até o dia 8 de janeiro de 2023, data em que ocorreram ataques às sedes dos Três Poderes. Segundo o coronel, após esse dia, o canal de troca de mensagens foi encerrado por um brigadeiro, que era o administrador do grupo.

Uma das propostas no grupo foi a ideia de uma intervenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para impedir a posse de Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT). A base para essa intervenção seria o relatório das Forças Armadas sobre o sistema das urnas eletrônicas, que não excluiu a possibilidade de fraude ou inconsistência nas eleições passadas. A nota foi controversa e colocada em descrédito pelas instituições, por não apresentar nenhuma prova.

O grupo foi criado em 2016, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e tinha como objetivo a troca de informações entre militares com oficiais da reserva assessorando os oficiais da ativa. Além de Heleno e Etchegoyen, cerca de 40 militares, incluindo membros do Estado-Maior, Ministério da Defesa e da área de Informações da Aeronáutica, faziam parte do grupo.

O texto menciona a possibilidade de a conduta de Heleno configurar prevaricação, já que ele era ministro na época, e sugere que uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) seja realizada para identificar outros possíveis crimes, como associação criminosa.