Esporte adaptado: a luta das pessoas com deficiência no esporte
As pessoas com deficiências (PcDs) lidam com várias adversidades quando se fala na prática do esporte, apesar de ainda existir uma complexibilidade para exercer a modalidade.
Por Gabriela Nascimento (@gabriella_n.o)
Hoje (21/09) é comemorado o dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, data que reforça a importância e necessidade de combater a falta de acessibilidade nos espaços públicos e privados. Alguns grupos sociais buscam contribuir e amenizar os problemas enfrentados por essa comunidade, embora a sociedade brasileira esteja apenas no início dessa mobilização. Para que essa luta seja realmente vista e tratada como prioridade, é necessária a união efetiva de diversas classes.
No esporte não é diferente. as pessoas com deficiências (PcDs) lidam com várias adversidades quando se fala na prática do esporte, apesar de ainda existir uma complexibilidade para exercer a modalidade. O esporte adaptado tem proporcionado bem estar aos praticantes, trazendo igualdade, gerando o aumento de oportunidades, e possibilitando uma maior interação entre os diferentes grupos. Partindo desse pressuposto, a prática esportista consegue proporcionar uma realização pessoal e profissional.
De acordo com o nadador e campeão paralímpico brasileiro Clodoaldo Silva, “o Brasil, ainda é, apesar de menos que antes, um país com pouca acessibilidade, sem mobilidade urbana. O ônibus não era acessível. A principal dificuldade já começava em ter que sair de casa. Já em conseguir me locomover, já precisava superar vários obstáculos, e no esporte não seria diferente. E foi o que me abriu diversas portas. Por isso digo que a é de total importância os esportes adaptados, para promover a igualdade e a mudança de percepções sobre pessoas com deficiência na sociedade. O esporte para pessoas com deficiência é a maior forma de inclusão, em todas as áreas, seja de trabalho, seja na educação. Em todas as áreas”, declarou.
Em entrevista (ao portal Terra), Clodoaldo afirma que “Tratamos o esporte paralímpico como deve ser tratado. Não com ‘coitadismo’, mas como campeões. Ficamos muito felizes por isso”. A modalidade adaptada ajuda a desenvolver algumas habilidades como a autoconfiança, um maior controle sobre si e sobre a sua vida, uma melhor adaptação, resiliência, perseverança e autocuidado. Além disso, ele contribui para a superação de novos desafios, rompe diversas barreiras como o preconceito e estereótipos e permite a igualdade.
Para que o avanço dessas pessoas seja positivo, é fundamental a inclusão e união de um profissional adequado que possa trabalhar juntamente com a prática esportista, além disso é preciso acompanhar o avanço tecnológico.
Em entrevista para o EL País, o Daniel Dias afirmou “Consegui me eleger com uma boa votação e hoje faço parte do conselho internacional de atletas. Quis entrar justamente para brigar pela questão da reclassificação, porque não é só um problema da natação. É um problema geral do esporte paralímpico cuja evolução precisa acompanhar a tecnologia. Isso não aconteceu e é triste. Então quis entrar para ser um porta-voz dos atletas porque só nós sabemos o que passamos.”
Também no El país, Roberto di Cunto defende a valorização e o aumento na independência da autoestima, ele afirma também que a inclusão é algo fundamental e admirável neste processo.