A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa criou um canal em que estudantes poderiam relatar casos de assédio e má conduta na instituição. Segundo uma reportagem do jornal português Diário de Notícias, em apenas 11 dias de funcionamento, foram recebidas mais de 50 relatos envolvendo 31 professores em denúncias de assédio moral e sexual, práticas sexistas, xenofobia, racismo e LGBTfobia.

As denúncias de casos de xenofobia incluem vítimas brasileiras. A maior parte dos episódios aconteceram dentro da instituição e outros relatos apresentam situações online, onde estudantes contam que foram abordados de maneira imprópria pelos docentes nas redes sociais.

O canal de comunicação para o recebimento das queixas foi aberto pela faculdade, após relatos de assédio que chegaram ao conselho pedagógico. A instituição criou uma página e disponibilizou um email para receber as queixas; entre 14 e 25 de março chegaram 70 denúncias, das quais 50 foram validadas.

“Instituições de ensino superior são espaços de liberdade e de promoção dos valores de igualdade e respeito, sem qualquer tipo de discriminação em razão de gênero, orientação sexual, nacionalidade ou outra, e não devem ser coniventes com situações que violem esses princípios”, disse, em nota, a ministra da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato.

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