Foto: Mídia NINJA

Até uma semana atrás, o Chile era um modelo de direita liberal conservadora a ser seguido. O país vizinho agora convulsiona em protestos sociais por conta da adoção de políticas públicas liberais equivocadas – dentre elas, o modelo perverso de Previdência defendido por Paulo Guedes.

Tal modelo de capitalização previdenciária que o ministro da Economia de Jair Bolsonaro (PSL) queria e ainda quer implantar no Brasil – e que o Congresso Nacional impediu, parcialmente – é o mesmo que deu errado no Chile. E o maluco querendo radicalizar ainda mais aqui no Brasil, ao sugerir a desvinculação de receitas para Educação e Saúde…

A bem da verdade, esse pessoal da direita – que se autointitula liberal na economia e conservadora nos costumes – entende muito pouco ou quase nada de desenvolvimento econômico. O lance deles é encher os bolsos de quem já tem muito: rentistas, financistas e banqueiros. Onde as ideias da turma da Escola de Chicago prevaleceram, a economia até cresceu, mas, a distribuição de renda piorou e as desigualdades campeiam.

Daí eu pergunto: adianta a economia crescer e o fruto desse crescimento não chegar às mãos do povo? Adianta a economia crescer só pra enriquecer ainda mais quem já é muito, muito rico?

Você pode argumentar que, sob Lula e Dilma, a turma do empresariado nacional também foi muito beneficiada. E foi mesmo. E está certíssimo, pois o Estado deve estimular o empreendedorismo, criar e manter um ambiente fiscal/tributário sadio para incentivar a iniciativa privada, visando a geração de emprego, a distribuição de renda, a redução das desigualdades e a inclusão social.

Ocorre que, nos governos Lula e Dilma, tratou-se de separar uma fatia considerável do orçamento público para os pobres e miseráveis, na forma de programas de distribuição de renda e de inclusão social. Nada contra os donos dos meios de produção ganharem cada vez mais dinheiro, ao contrário, conquanto sobre uma boa fatia para quem mais precisa.

A questão é, portanto, de visão de mundo, de concepção de economia. De fato, não dá pra comparar o Chile com a Argentina, com o Brasil ou com qualquer outro país da América do Sul e do mundo. Cada nação tem suas características e peculiaridades próprias. Mas, o que eles fizeram lá, sob Piñera; é o mesmo que fizeram na Argentina, sob Macri; e é o mesmo receituário liberal que estão querendo fazer aqui, sob Bolsonaro/Guedes.

Ou seja: vai dar merda!

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