O Brasil é um dos países que menos vacinou até agora. É o 20° colocado no mundo, em termos proporcionais, com apenas 1,67% de sua população imunizada. O Acre é um dos estados brasileiros com menor taxa de vacinação até aqui. Até segunda-feira, 08/02, o estado havia recebido 51.060 doses da vacina anti covid-19. Destas, só 10.402 (20,3% do total) haviam sido utilizadas.

Isso explica o porquê de estarmos entre os últimos colocados, com menos de 2% da população imunizada: além de termos pouquíssimas doses de vacina disponibilizadas, até o momento, a maioria dos municípios não está dando conta nem de aplicar as poucas doses já recebidas.

Os governos federal e estadual, que se diziam preocupados com a Economia, pelo impacto no emprego e renda decorrente das medidas de fechamento do comércio e distanciamento social, parecem não estar nem aí para com os empregos e as empresas. Isso porque, quanto mais lenta for a vacinação, mais lenta será a recuperação da Economia. Se estivessem de fato preocupados, estariam fazendo de tudo para acelerar esse processo.

Enquanto isso, uma empresa contratada sem licitação ganha milhões em recursos públicos para prestar um serviço de péssima qualidade na gestão do hospital de campanha de Rio Branco. Sem transparência, sem fiscalização dos órgãos de controle. Tudo muito à cavalheira.

Dessa forma, embora esteja se posicionando de forma correta, distanciando-se dos negacionistas e aliançando-se com os que escutam e defendem a ciência, o Governo do Acre acaba lidando com a pandemia de forma inadequada. Falta esforço concentrado e falta coordenação nesse esforço. Na base do “cada um por si”, avançaremos de forma muito lenta. Vidas só serão poupadas e só haverá recuperação da Economia quando o processo de vacinação for levado a sério.

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