Foto: Mídia NINJA

29 de Janeiro dia da visibilidade trans, uma data que permite aos corpos trans um pequeno momento de liberdade, apoteose e voz. Quando podemos celebrar a nossa existência e mostrar que estamos viva.

Mas após 24 horas esse dia termina, e pessoas trans voltam a ser margem, a não ter vez, voz e lugar. Em pouco tempo voltamos a ser silenciadas, ter nossos corpos considerados estranhos, apagados como em um massacre. Tornando o Brasil o país que mais mata pessoas trans no mundo, fazendo 163 vítimas em 2019, segundo dados do Dossiê de Assassinatos de Pessoas Trans da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA). Isso sem contar os assassinatos que já ocorreram neste início de ano.

Agora pergunto: “Por que pessoas trans só tem visibilidade uma vez ao ano, e durante os outros 364 dias, somos violadas e invisibilizadas? Pessoas CIS sabem de fato a real importância de tal data? E que nós queremos ser vistas como parte da sociedade o ano inteiro?”. Queremos ter oportunidade de emprego, profissionais da saúde que nos atendam de forma correta, que não sejamos diariamente vítimas da transfobia que assola nossa sociedade.

Muitos já falaram e irão falar que nós buscamos privilégios, mas na verdade buscamos a equidade. É ter o direito de viver e não sobreviver. É sobre viver, se sentir pertencente ao todo, é poder sonhar e voar. É ser e estar livre.

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