Braga Netto tem sigilo telefônico quebrado pela Justiça em investigação sobre corrupção
Operação Perfídia ainda investiga a suspeita de que duas empresas brasileiras que atuam no comércio proteção balísticas e formariam um cartel deste mercado no país
O general Walter Braga Neto, ex-comandante da intervenção federal no Rio de Janeiro e aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, é investigado e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.
A Polícia Federal (PF) cumpriu 16 mandados de busca e apreensão como parte da Operação Perfídia, que apura crimes de corrupção ativa e passiva, além de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação.
Os contratos apurados pela PF se referem à compra de 9.360 coletes balísticos durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, em 2018. Os equipamentos, suspeita a polícia, foram adquiridos com sobrepreço pelo Gabinete de Intervenção Federal no Rio.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apurou os contratos firmados entre o governo brasileiro e a empresa americana CTU Security LLC e constatou indícios de sobrepreço na compra dos coletes balísticos.
Após a suspensão do contrato pelo Tribunal de Contas da União, o valor foi estornado no dia 24/09/2019. A Operação Perfídia ainda investiga a suspeita de que duas empresas brasileiras que atuam no comércio proteção balísticas e formariam um cartel deste mercado no país. Essas empresas possuem milhões em contratos públicos.