Pela primeira vez na história das Copas e da seleção brasileira, o protagonismo da mulher preta. Isso é uma enorme vitória delas e também nossa, porque já não são invisíveis essas mulheres e seus filhos.
É o povo pobre, negro e trabalhador daqui, afirmando que a rebeldia e a desobediência civil são capazes de inventar um novo Brasil driblando todos os poderes.
Uma guerra que não é só contra nossos corpos. É contra a ordem democrática, nossos recursos naturais, o patrimônio público e nosso imenso mercado interno.
A polifonia das novas vozes que emergiram da sociedade em rede rompeu a aparente paz social e pôs fim ao pacto de silêncio e obediência que vigorava para o andar de baixo.