Anestesista preso por estupro durante parto tem registro profissional cassado
Cassação do registro é a penalidade mais alta, e significa que o anestesista fica impedido de exercer a medicina no Brasil
O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso em flagrante em julho de 2022 por estuprar uma paciente enquanto ela estava sedada para fazer uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, teve agora seu registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ).
A sentença foi determinada por unanimidade durante plenária de julgamento, que aconteceu na tarde de ontem (28). A cassação do registro é a penalidade mais alta, e significa que o anestesista fica impedido de exercer a medicina no Brasil.
Relembre o caso
Enfermeiras e as técnicas de enfermagem notaram o comportamento estranho do anestesista durante os procedimentos. As profissionais tinham participado de duas cirurgias com Giovanni, mas não conseguiram registrar a ação do estuprador. Na terceira cirurgia, de última hora, as enfermeiras e técnicas conseguiram mudar de sala, esconder o celular e filmar o abuso para a polícia. O caso foi denunciado pela Mídia NINJA.
A polícia investiga outras possíveis vítimas do anestesista. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão.
Giovanni Quintella tem 32 anos, se formou em 2017 e concluiu a especialização em anestesia em abril.