“A gente não nasce negro, a gente se torna negro. É uma conquista dura, cruel e que se desenvolve pela vida da gente afora. Uma pessoa negra que tem consciência de sua negritude está na luta contra o racismo.”
Lélia Gonzalez

Não, pessoas negras não são todas iguais. Parece óbvio dizer isso mas infelizmente a realidade é outra. Os processos de colonização, criaram a categoria “RAÇA”, colocando o colonizadores (invasores) brancos-cis europeus como superiores aos povos indígenas e as pessoas negras escravizadas.

Nesse processo violento, nossas culturas e identidades foram retiradas a força de nós, passamos a ser vistos como uma coisa única pelo olhar colonial-racista.

Mas, pessoas negras são plurais!
Somos heteros
LGBTQIAP+
PCD’S
Gordes
Cis
Trans
De religiões de matriz africana
Evangélicos
Nerds
Ateístas
Budistas
Feministas Negras
Mulheristas Africanas
Da esquerda,
Anarquistas
Da direita (infelizmente)…

Quando comecei no meu ativismo, parecia que existia apenas uma única forma de ser mulher negra lésbica, durante muito tempo tentei construir a minha identidade nesse padrão até perceber que não me cabia ali.

O que traz a beleza da nossa existência é essa pluralidade que deve ser vista como algo positivo e não como uma estratégia da branquitude para separar e impedir uma unidade negra.

Precisamos entender que identidades negras são plurais e também enfrentam questões específicas, devemos nos unir nessa parte e avançar enquanto vários braços de um movimento.

Apesar de todos os corpos negros lidarem com o racismo estrutural, ele irá se manifestar de formas diferentes para cada um de nós.

Se não avançarmos coletivamente, não será revolucionário, apenas reformista. Avante

Até a próxima.