E o Bolsonaro nem era aquilo tudo, né?
Aquele homem “imbrochável, imorrível e incomível” não é aquilo tudo que se mostrava nas entrevistas, nos discursos e nas aparições.
Áudios e mensagens de texto que estavam nas conversas de WhatsApp do ex-presidente Jair Bolsonaro foram divulgadas na última quarta-feira, dia 20, e mostram uma pessoa muito diferente daquele que (des)govenou o país durante quatro anos.
Bolsonaro sempre se mostrou altivo, firme nos seus propósitos e convicções – mesmo que discorde de 98% do que ele defende – mas essa semana vieram à tona algumas verdades sobre ele e sobre o campo conservador. Eles estão completamente rachados e isso acontece até dentro da casa do inelegível.
A princípio seria somente um desacerto entre seu filho, Carlos Bolsonaro, o Carluxo, vereador pelo Rio de Janeiro, e sua esposa, Michele Bolsonaro, mas a coisa tomou proporções inimagináveis para toda a família. Nos áudios vazados, fica evidente que Bolsonaro – pai – perdeu o controle da família há muito tempo.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo Rio de Janeiro, faz o que quer, inclusive com o pai, é o tipo daqueles meninos mimados que fazem pirraça e o pai atende aos desejos da criança. Precisou de Silas Malafaia – vejam só – entrar no circuito para dar uma acalmada no “Bananinha”, que de banana não tem nada. É uma espécie de Supernanny da direita.
Esses vazamentos revelam, efetivamente, quem esteve por trás da eleição de Jair: Silas Malafaia. Assim como mostrado no documentário “Apocalipse nos Trópicos”, da plataforma de streaming, Netflix, o líder religioso sempre se pôs como protagonista nas ações e tomadas de decisões de Bolsonaro.
Ou seja, aquele homem “imbrochável, imorrível e incomível” não é aquilo tudo que se mostrava nas entrevistas, nos discursos e nas suas aparições. Além de ser um fantoche, também é um “ingrato do C@*&” como seu filho mesmo disse em uma das mensagens desaforadas que recebeu do seu rebento.
Bolsonaro (des)governou um país com mais de 200 milhões de brasileiros, em um período pandêmico, e com uma incompetência grotesca. Péssima gestão da crise humanitária, gerando mais de 700 mil mortes por Covid-19 e escândalos de compras de medicamentos ineficazes. Agora, com essas mensagens vindo à tona, entendemos exatamente quem é esse cidadão e como a tartaruga chegou no alto do poste.
Mais que isso, agora temos a certeza que ele não é aquilo tudo que sempre pregou.