Ridauto Lúcio Fernandes ocupou o cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde e era considerado próximo do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Foto: reprodução/redes sociais

Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na residência do general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, em Brasília. O oficial é acusado de participação nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, que resultaram em invasões às sedes dos Três Poderes na capital federal. A ação faz parte da 18ª fase da Operação Lesa Pátria.

Ridauto Lúcio Fernandes ocupou o cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde e era considerado próximo do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele foi nomeado para essa posição em julho de 2021 e exonerado em 31 de dezembro do mesmo ano, no último dia do governo de Jair Bolsonaro.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também emitiu uma ordem de bloqueio de ativos e valores do general Fernandes como parte da investigação em andamento. Para as autoridades, o general é considerado um dos executores e possivelmente um dos idealizadores dos atos que ameaçaram a estabilidade democrática do país.

Segundo informações obtidas pela TV Globo, esta nova fase da Operação Lesa Pátria tem como objetivo identificar supostos membros das Forças Especiais do Exército que teriam liderado as invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília. Imagens da época indicam a ação de indivíduos usando máscaras e luvas, abrindo caminho para a entrada de outros apoiadores do ex-presidente Bolsonaro através do teto do Congresso Nacional.

De acordo com a apuração da reportagem, os ataques parecem ter sido executados de forma profissional, sugerindo que os envolvidos conheciam previamente o local e possuíam treinamento específico.

A Operação Lesa Pátria, que culminou nos mandados de busca e apreensão desta sexta-feira, busca identificar os responsáveis pela invasão das sedes dos Poderes em janeiro de 2023. A Polícia Federal destaca que os eventos investigados constituem crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos.

As investigações continuam em andamento, e mais detalhes podem surgir à medida que novas informações vão sendo apuradas pelas autoridades competentes.

*Com informações do G1