Bolsonaro e Zema querem entregar as riquezas do nosso país e estado

No último 7 de setembro, o agora inelegível Jair Bolsonaro (PL) usou a data para incentivar um golpe e fortalecer sua campanha mal sucedida à reeleição, além de puxar o deplorável coro de imbrochável. As atitudes bolsonaristas vão na contramão do discurso patriota.

Durante seu governo, Bolsonaro tentou sequestrar a bandeira brasileira, enquanto entregava nosso país para empresas do capital internacional. Ele fez o que pode para incentivar processos de privatização da Petrobrás, Eletrobrás, Correios e outras empresas públicas estratégicas.

O escândalo das joias também revela a postura antinacionalista do ex-mandatário. Relatório da Polícia Federal mostrou, recentemente, o possível envolvimento de Bolsonaro com o esquema de venda ilegal de presentes de luxo recebidos por delegações estrangeiras, como os conjuntos de joias da Arábia Saudita, que pode ter rendido mais de R$ 1 milhão. As investigações da PF apontam que “há fortes indícios de que os investigados usaram a estrutura do Estado brasileiro para desviar de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao Presidente da República”.

E a história pode piorar, porque conforme veiculado pela imprensa no início do ano, há suspeitas que as joias enviadas a Michelle Bolsonaro, no valor de R$ 16,5 milhões, não seriam apenas um presente, mas uma propina. Isso porque um mês depois da comitiva do ex-governo voltar do Oriente Médio, a Petrobrás anunciou a venda de uma refinaria da Bahia ao fundo de investimentos Mubadala Capital, nos Emirados Árabes. Em março, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) solicitou ao Ministério Público Federal a apuração entre as joias e a venda da refinaria, apontando que a negociação teria sido feita pela metade dos valores de mercado – a venda por US$ 1,8 bilhão, enquanto a refinaria era avaliada entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. A FUP aponta ainda que apesar de serem países diferentes (Arábia Saudita e Emirados Árabes) há uma proximidade geográfica e aliança estratégica. Ou seja, Bolsonaro pode ter privatizado a preço de banana uma refinaria de uma empresa estratégica enquanto enriquecia seu próprio bolso.0

Isso sem falar no incentivo à tentativa de golpe do dia 8 de janeiro, nos inúmeros discursos contra o povo brasileiro e no desmonte de políticas públicas que também são formas muito “peculiares” de manifestar seu nacionalismo.

Em Minas, Zema segue linha entreguista

O governador de Minas Gerais é um dos principais apoiadores de Bolsonaro e mesmo com todos os escândalos segue bajulando o ex-presidente, inclusive com o vexame de entregar o título de cidadão honorário no último dia 28 de agosto.

Zema, que se pretende candidato bolsonarista nas próximas eleições presidenciais, segue a mesma cartilha entreguista. São diversos os exemplos de desmonte no nosso estado, como os benefícios que deu ao principal doador de campanha, Salim Mattar, dono da Localiza, que fez Minas abrir mão de cerca de R$ 1 bilhão em renúncias fiscais do IPVA.

Outros doadores de campanha do atual governador que recebem benefícios constantes são os empresários de mineradoras. Zema opera uma completa destruição ambiental e entrega recursos naturais do povo mineiro, como nossas serras e águas, aos grandes empresários. E, além de ajudar seus amigos, ele também aumentou o próprio salário em quase 300% em maio deste ano.

Como se favorecer os amigos empresários e engordar a própria conta bancária não fosse prejuízo suficiente, Zema ainda quer entregar para o capital privado empresas estatais importantes como a Cemig e a Copasa com uma Proposta de Emenda à Constituição enviada para Assembleia Legislativa no último dia 21 de agosto.

Convenhamos que a forma de Bolsonaro e Zema exercerem seu nacionalismo é, no mínimo, duvidosa. Do lado de cá, seguimos na defesa do Brasil e de Minas Gerais soberanos que garantam uma verdadeira independência e bem-estar ao povo.