Por Mauro Utida

Quatro homens envolvidos na agressão de estudantes dentro de um ônibus durante um ato antidemocrático em Jundiaí na última quinta-feira (3) já foram identificados, sendo que três deles prestaram esclarecimentos na Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os agressores foram indiciados por arremesso de projétil, lesão corporal, associação criminosa, dano qualificado, violência política e constrangimento ilegal. “O quarto suspeito será ouvido posteriormente. As investigações prosseguem”, declarou o órgão de segurança do estado.

O promotor de Justiça João Alfredo Ribeiro Gomes de Deus, da Comarca de Jundiaí, está acompanhando o Inquérito Policial que apura os crimes cometidos contra os estudantes da Escola Técnica Vasco Antônio Venchiarutti (EtecVav).

Vídeos registrando o momento das agressões divulgados nas redes mostram grupos bolsonaristas invadindo o ônibus com estudantes secundaristas da ETEC e agredindo alguns deles. Na ocasião, os bolsonaristas que protestavam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno eleitoral, invadiu o ônibus no qual estavam estudantes por eles terem feito o L de Lula.

Os atrozes também quebraram o vidro do coletivo com a anuência de policiais militares que estavam no local e não impediram que os estudantes fossem agredidos.

 

 

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O caso aconteceu durante um ato antidemocrático que bloqueou uma via próxima à rodovia Anhanguera, em Jundiaí. As manifestações contra a vitória de Lula, com reivindicação de intervenção militar, prosseguiu até este domingo (6), em frente ao quartel do Exército, onde está instalado o 12º GAC (Grupo de Artilharia de Campanha).

Justiça

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado estadual Emidio de Souza (PT), acionou o Ministério Público e a Secretaria de Segurança de São Paulo cobrando providências contra os bolsonaristas que atacaram alunos da ETEC Vasco Antônio Venchiarutti.

No documento enviado à Procuradoria Geral de Justiça e à Secretaria de Segurança do Estado, Emidio chama de absurda a agressão e pede “informações acerca dos procedimentos adotados como forma de enfrentamento ao fato de adolescentes terem sido absurdamente agredidos e feridos enquanto o veículo passava por uma manifestação bolsonarista”.

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