Nesta sexta, às 13h, haverá um ato em solidariedade aos estudantes e contra a violência dos grupos antidemocráticos, em frente à Diretoria de Ensino de Jundiaí

Adultos descontrolados invadem ônibus para agredir adolescentes e força de segurança nada faz. Foto: Reprodução

Por Mauro Utida

Cenas lamentáveis foram registradas na tarde desta quinta-feira (3) durante o protesto antidemocrático de bolsonaristas próximo ao quartel do Exército em Jundiaí, o 12º GAC (Grupo de Artilharia de Campanha).

Estudantes da Escola Técnica Vasco Venchiarutti (EteVav) foram agredidos covardemente por três homens que invadiram o ônibus e ameaçaram os alunos que haviam criticado o ato dos manifestantes que pediam intervenção militar. Os atrozes também quebraram o vidro do coletivo com a anuência de policiais militares que estavam no local e não impediram que os estudantes fossem agredidos.

Nesta sexta, às 13h, haverá um ato em solidariedade aos estudantes e contra a violência dos grupos antidemocráticos em frente à Diretoria de Ensino de Jundiaí (R. 23 de Maio, 555). O movimento pacífico pede o direito de voz e segurança dos estudantes em ir e voltar da EtecVav.

 

 

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O Conselho Tutelar de Jundiaí emitiu uma nota de repúdio pela ação criminosa ocorrida no transporte coletivo contra alunos da cidade. “Atitudes covardes como estas não poderiam passar despercebida, sem reação à altura por parte de uma sociedade tida como pacífica e democrática, ainda que se tratasse de forças equânimes, muito mais quando percebemos que se tratam de adultos absolutamente descontrolados agredindo adolescentes da cidade”, declarou.

O órgão ainda lembra o artigo 227 da Constituição que é dever da família, da sociedade e do Estado em assegurar a proteção contra violência e opressão de crianças e adolescentes. O que não aconteceu em Jundiaí.

A Prefeitura de Jundiaí, através da Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT), informa que a empresa de ônibus prestará as informações ao plantão policial para o registro de boletim de ocorrência. “As imagens das câmeras do ônibus serão disponibilizadas à polícia para que sejam apuradas as responsabilidades dos agressores, que invadiram o coletivo. O município recrimina todo e qualquer ato de violência”, declarou em nota.

A Polícia Militar foi procurada pela reportagem, mas até o momento não se manifestaram. O espaço continua aberto para atualização.

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