Tudo certo, como dois e dois são cinco
No Brasil, a nebulosidade que costuma pairar sobre a cena política vem se dissipando e tudo está ficando muito claro e muito transparente.
No Brasil, a nebulosidade que costuma pairar sobre a cena política vem se dissipando e tudo está ficando muito claro e muito transparente.
Só não vê quem não quer. O que era apenas intuído e só era perceptível em seus contornos pelos mais argutos, está se revelando com muita nitidez, até mesmo para um observador desatento. E, aos poucos, os sujeitos ocultos começam a ser identificados por todos.
Os crimes já são praticados à luz do dia, à vista de todos!
Bolsonaro, seus cúmplices e apoiadores estão fazendo do Estado nacional gato e sapato, rebaixando a vida pública brasileira a níveis que envergonhariam qualquer republiqueta de bananas.
Para essa extrema direita e para os direitistas que um dia já se acreditaram civilizados, o desmonte em curso do Estado brasileiro e a desmoralização de tudo que é público, não tem importância.
Faz parte do show!
Não compreendem a importância do Estado e de toda a esfera pública para o futuro do país. Nem estão preocupados com o país!
São escravos do capital e só conseguem enxergar os interesses das classes proprietárias e os seus próprios.
Essa é a miopia neoliberal, doença que vem grassando no mundo globalizado. Uma verdadeira pandemia.
Uma doença de difícil cura, causada pelo excesso de exposição ao capital e que tem a capacidade de reduzir a visão de mundo e tem como principal sintoma a dificuldade de ver as coisas como são, em seus significados e importâncias para os seres humanos.
Essa enfermidade causa a redução do campo de visão e da capacidadede ver a grandeza das coisas e é causada pela toxicidade emanada da submissão de toda a humanidade aos interesses das elites econômicas e pela redução de tudo a negócios e lucros dos donos dos meios de produção e dos capitalistas em geral, sob a regência do capital financeiro.
Neoliberalismo faz mal e mata! Principalmente quando é associado aos males do autoritarismo e do golpismo, como aconteceu no Brasil.
Daqui para frente, os operadores das políticas do grande capital no Brasil irão manipular as instituições levando a cooptação ao máximo para submetê-las aos seus objetivos e, se puderem, irão aparelhar toda a República, suas estruturas e todos os recursos públicos, sem nenhum pudor, tentando reverter a tendência de derrota nas eleições.
Perderam a vergonha e estão desmoralizando tudo e todos no país, nesta tentativa de sobrevivência.
Se não forem contidos, não deixarão pedra sobre pedra e a grama terá alguma dificuldade para nascer onde eles pisaram.
As instituições encarregas de zelar pelo Estado e pela lisura no uso dos recursos públicos, mesmo as que estiveram submetidas desde a trama para afastar a presidenta legalmente eleita e que agora estão conseguindo escapar da cooptação golpista, não demonstram capacidade de freiar esse processo.
A montanha inflada pela mídia e pela LavaJato pariu um rato. Esse é o triste fim do golpe que deram na democracia brasileira e que chegou a contar com grande adesão nos quatro cantos desse país.
O ministério que estão criando para Ônix com fins eleitoreiros e golpistas e as portas que foram abertas para o toma lá dá cá com o Centrão é uma demonstração de que Bolsonaro e todos que lhe dão sustentação, seja explícita ou na moita, já não temem nenhuma represália nem punição e que não medirão esforços, nem terão limites éticos, nem de nenhuma outra ordem, nessa tentativa de dar uma sobrevida a esse processo corrosivo e demolidor que o país está vivendo.
E esse truque, o mais grosseiro e mais explícito até agora, de tentar impedir a vitória de Lula com um semi-presidencialismo?
É a demonstração mais cabal de que já sabem que perderam e que o apoio que chegaram a ter continuará minguando.
E, que, a partir de agora, estarão concentrados em tramar contra a vontade do povo brasileiro.
Estão levando às últimas consequências aquela máxima golpista: Lula não pode se candidatar. Mas se for candidato, não pode vencer. E, se vencer, não pode governar.
Todos os brasileiros e brasileiras que anseiam por uma retomada da vida democrática e do seu permanente aprimoramento, através de uma estabilidade e uma amplitude em uma dimensão que nunca conhecemos em todo o território e que envolva todo o povo brasileiro.
E, que apoiam a retomada do desenvolvimento econômico, político e social do país e estão comprometidos com a justiça social e a sustentabilidade ambiental, terão que se preparar para esse embate. Ele é inevitável! E as primeiras escaramuças já estão se dando…