#JusticeForManuelEllis: Morte por asfixia sob custódia policial em Washington será investigada
O caso é semelhante ao recente assassinato de George Floyd, que provocou protestos em massa em todo o país.
Um vídeo gravado por uma câmera de segurança residencial em Washington (EUA), mostrando Manuel Ellis, de 33 anos, homem negro, chorando enquanto é algemado pela polícia, fez com que Jay Inslee, governador do estado, anunciasse uma investigação relacionada à morte por asfixia de sob custódia policial. Um pedestre que passava pelo local do ocorrido também gravou em vídeo parte da prisão.
“Tem que haver uma nova investigação e ações de acusação independentes do condado de Pierce”, que abrange Tacoma, onde o incidente ocorreu em 3 de março, afirmou o governador Jay Inslee em um comunicado.
O caso é semelhante ao recente assassinato de George Floyd, que provocou protestos em massa em todo o país.
“O que está claro nesse vídeo não é apenas o fato de Manny Ellis dizer ‘não consigo respirar'”, disse o advogado da família James Bible em entrevista coletiva na terça-feira (9).
“O que vimos é que ele disse: ‘Não consigo respirar, senhor. Não consigo respirar, senhor. Não consigo respirar, senhor.’ Um sinal claro de que não é apenas uma luta para respirar, mas uma tentativa de ser respeitoso nos últimos momentos da vida. Um sinal de que ele não era a pessoa agressiva que a polícia disse que era”.
Ellis morreu de parada respiratória devido a hipóxia e restrição física, destacou o legista, acrescentando que a presença de metanfetaminas em seu organismo e doenças cardíacas também podem ter contribuído para a morte.
O prefeito de Tacoma, 56 km ao sul de Seattle, pediu que os policiais envolvidos na prisão fossem demitidos e processados. Os quatro policiais que participaram da retenção de Ellis foram colocados em licença administrativa. Eles disseram que o detiveram depois que ele supostamente tentou “abrir as portas de veículos ocupados”. Ainda segundo os policiais, ele morreu após uma briga física que os forçou a imobilizá-lo.
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