Não há mídia isenta, meus caros
É impossível para nós mensurarmos como e aonde o acordão nacional começou, mas obviamente passa pela Editora Abril.
Em tempo até de participação do Faustão na criação da narrativa que enterrou o Brasil e aniquilou duas de suas maiores fontes de riqueza (construção civil e petróleo, tendo em vista a venda do pré-sal, desmonte do setor da construção civil, etc), eu quero falar da regulação da mídia.
Agora que atolaram o País na lama miliciana, os conglomerados querem acenar pra uma isenção no quadro. Não há mídia isenta, meus caros.
É impossível para nós mensurarmos como e aonde o acordão nacional começou, mas obviamente passa pela Editora Abril.
A capa da Revista Veja é obviamente a primeira da série de verdades que se seguirão, graças à uma mídia independente e internacional chamada The Intercept Brasil, que mexeu na lama dos interesses econômicos dos conglomerados de comunicação.
Mas o crime está feito. A impressão de Dilma pegando fogo na capa e a simbólica mensagem está dada. Todo mundo nesse País, inclusive do campo da esquerda acha que o “PT é corrupto”, “Lula é ladrão”, “Dilma é raivosa” e que “não foi golpe”.
Como refazer o sentido ético da comunicação? Como fazer entender que o mensalão e o PMDB são problemas de estrutura do Estado e não de um partido? Como contar com o discernimento de um povo que tem grandes limitações em seu aprender e passa por uma profunda crise de identidade?
O brasileiro foi ensinado ao auto-ódio e foi ensinado a submeter o outro. Somos uma nação de submetidos.
Nesse contexto, a propaganda neofascista de grupos de direita e da mídia hegemônica criaram um novo ovo da serpente, só que curiosamente desse ovo saiu uma cobra indecifrável, dissimulada e que sequer ouve seus próprios pais.
Dá pra matá-la com seu próprio veneno? Acredito que não, pois tanto tempo de pós-verdade gera a ausência de confiança na informação.
Daí fica a minha dúvida: No que o brasileiro será capaz de acreditar?