Rio precisava de uma intervenção radical: eleições gerais e a saída de Pezão
Forças armadas nas ruas em uma cidade global pré-eleições: falta de saídas e a última cartada do desespero.
O Rio precisava de uma intervenção radical: eleições gerais e a saída do governador Pezão, mas a solução do (P)MDB para o fracasso da sua gestão é o teatro boçal das “Forças Armadas” que assumem nesta sexta o comando da segurança no estado do Rio de Janeiro inteiro por intervenção/decreto do vampirão, ridicularizado na Avenida e sem quorum no Congresso para votar a Reforma da Previdência.
O Rio virou o laboratório de um Frankenstein político, as pretensões do (P)MDB e do vampirão para se pendurarem no poder nas eleições de 2018, com uma “agenda popular”, já que a Reforma da Previdência subiu no telhado!
Além disso Temer Vampirão propõe criar um “Ministério da Segurança”, também de olho nas eleições e com isso “a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional vão para o controle da nova pasta, o que esvaziaria a Justiça.”
(…) “Pesquisas encomendadas pelo Planalto mostram que a segurança é uma das principais preocupações da população, ao lado da saúde. Na avaliação de auxiliares de Temer, as iniciativas de decretar a intervenção na segurança pública do Rio e de criar um ministério para cuidar da área passam a imagem de que o governo federal não está inerte e age para enfrentar o problema, embora a competência no setor seja dos Estados.”
Temer — “É uma medida muito forte e o interventor fará o que for preciso para retomar o controle da segurança no Rio”
Maia — “Por uma questão de vaidade pessoal, não vou ficar contra mas também não vou opinar — desabafou Rodrigo Maia, com a voz entrecortada, segundo relato dos presentes.”
Pezão — “Rodrigo, não dá mais, o Rio está em estado de calamidade na segurança, não temos saída e não podemos adiar nem mais um dia!”
Cai o pano! O teatro da velha política é só isso! Passar ” a imagem de que o governo federal não está inerte.” O Rio é o laboratório do resto do Brasil, a vitrine-teste. Forças Armadas nas ruas de uma cidade global e de um país em pré-eleições é aquela última cartada de desespero da falta de projeto, da falta de inteligência, da falta de saídas. A tal da necropolítica!
E o pior, tem consequências letais e fatais para comunidades inteiras, para grupos inteiros: o cidadão matável, o policial matável, o salve, o 007 para prender e arrebentar do Estado brasileiro. A #necropolitica fracassou esplendorosamente no Rio e no Brasil, mas o imaginário militar salvador está ai, morto-vivo sendo invocado!
Temer será estudado no futuro como a síntese de todos os fracassos de uma era política. É quase um verbete de enciclopédia vivo de “tudo que está ai”.