O ministro da educação Abraham Weintraub direcionou 2,5 milhões à publicidade da carteirinha estudantil digital, o terceiro maior gasto publicitário do MEC, segundo informações da Folha de S. Paulo, obtidas via Lei de Acesso a Informação. A questão é que a Medida Provisória editada em setembro do ano passado para criar o chamado ID Estudantil, perde validade no próximo domingo (16) e não foi avaliada pelo Congresso. E mesmo sabendo que é necessário a aprovação do mesmo, o governo já emitiu 279 mil documentos.

Conforme a Lei 12.933/2013 (Lei da Meia Entrada), uma conquista dos estudantes brasileiros, o documento de identificação estudantil deve ser padronizado e emitido por entidades estudantis.

As carteirinhas digitais do MEC são vistas como uma estratégia do governo para desidratar entidades como a UNE (@uneoficial) e a Ubes (@ubesoficial), responsáveis por organizar os maiores movimentos estudantis do país. O que parece fazer sentido já que no momento da edição da MP, o governo declarou que a medida impediria que “certas pessoas promovessem o socialismo nas universidades” e que era uma forma de “quebrar mais uma das máfias do Brasil, tirar 500 milhões das mãos da tigrada da UNE”.
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O valor citado pelo ministro foi contestado pelo presidente da UNE, Iago Montalvão, para quem “o valor que entra para a UNE é bem diferente do alegado pelo ministro da Educação”. Estamos vendo o MEC gastar mais de dois milhões, sem nem ter o aval do congresso para a operação. Seria um grande prejuízo?