A seca severa que atinge a Europa revelou, após 45 anos, o vilarejo submerso de Kallio, na Grécia. Em 1980, o vilarejo foi inundado para criar um lago destinado ao abastecimento de água de Atenas. Devido à seca extrema, que seguiu um inverno com pouca neve e um verão de calor intenso, o lago atingiu seu nível mais baixo em décadas, expondo as ruínas.

O ex-morador Konstantinos Gerodimos e sua esposa Maria expressaram tristeza ao ver o vilarejo em um estado de degradação. Cientistas ligam a seca às mudanças climáticas, com a superfície do lago reduzida de 16,8 km² para 12,0 km² desde 2022. O prefeito de Dorida, Dimitris Giannopoulos, e especialistas alertam para o agravamento da situação, que inclui secagem de poços e aumento do risco de incêndios florestais.

As reservas de água da região de Ática caíram para 700 milhões de metros cúbicos, metade do nível do ano anterior. A empresa estatal de água de Atenas está tentando mitigar a crise com fontes adicionais. O caso de Kallio destaca os efeitos tangíveis das mudanças climáticas e a urgência em enfrentar a crise hídrica.

*Com informações da Reuters