Venda ilegal de joias nos EUA: PF tem provas de que Bolsonaro integrou esquema
TCU determinou que as joias pertenciam ao acervo da Presidência, e não a Bolsonaro, o que tornou a operação ilegal
A Polícia Federal (PF) deve incluir no relatório final do inquérito das joias provas de que Jair Bolsonaro tinha conhecimento e deu aval para a operação ilegal de venda e recompra de joias nos Estados Unidos, recebidas durante seu mandato como presidente. O caso, que será encerrado nos próximos dias, resultará no indiciamento de Bolsonaro e de membros de seu núcleo direto, incluindo assistentes e advogados.
Além desse inquérito, a investigação sobre o golpe, considerada a mais grave contra Bolsonaro, também está em fase final e deve ter o relatório apresentado em julho ao Supremo Tribunal Federal (STF).
As últimas diligências foram realizadas em maio nos Estados Unidos, onde os investigadores conseguiram imagens inéditas e entrevistas que confirmam os detalhes da operação ilegal de venda e recompra das joias do “kit ouro branco”. Este conjunto, recebido por Bolsonaro em uma visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019, inclui um anel, uma caneta, abotoaduras e um rosário islâmico cravejado de diamantes.
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que as joias pertenciam ao acervo da Presidência, e não a Bolsonaro, o que tornou a operação ilegal. Durante as investigações, assistentes de Bolsonaro retornaram aos EUA para recomprar os itens vendidos.