Por Cley Medeiros, com informações de agências da Colômbia

Magdalena Mucutuy, muito debilitada, disse para os irmãos procurarem ajuda e descreveu a imagem do pai das crianças como referência. Após quatro dias do acidente, ela não resistiu. As crianças ficaram mais de 40 dias na mata fechada e foram encontradas por indígenas, que estavam em uma missão contra o tempo para encontrar as crianças com vida.

“Saiam daqui. Procurem ajuda, vocês vão encontrar um homem como seu o seu pai e ele vai mostrar o mesmo amor que eu tenho por vocês”, disse Manuel Ranoque, pai de dois deles, após conversar com a irmã mais velha resgatada, Lesly, que guiou as crianças na floresta.

Elas foram encontradas  a 5 quilômetros do local do acidente, onde o piloto também morreu.

Foto: Serviço militar colombiano

Nicolás Ordóñez, da comunidade Murui, foi quem os viu primeiro.

“Eu disse a ele: somos uma família, viemos do pai dele, da avó e das tias dele”, disse o indígena à RTVC.

Enquanto esperava por uma resposta, o que ela recebeu foi um grande abraço de Lesly (13 anos), que segurava Soleiny (9 anos) pela mão, enquanto se agarrava na outra irmã, Cristin, de um ano.

“Eles estavam perto de uma área onde pudessem beber água?”, perguntou o El Espectador a Nicolás.

“Eles sempre foram localizados perto de um rio durante as buscas que encontramos vestígios. Caminharam com um pequeno pote de refrigerante e ali carregaram a água na maleta. Era uma área muito grande e difícil. A mais velha era muito inteligente porque quando checamos a maleta percebemos que ela levou o estore, a toalha, levou uma lanterna com duas pilhas, que já estava gasta, dois telemóveis com o que parece distraídos à noite, um caixa de música e garrafas de refrigerante”, disse.

Foto: serviço militar colombiano