Por Wesley Lima

Lançado no dia 30 de maio, o documentário “1798 – Revolta dos Búzios” segue em cartaz no Espaço Augusta de Cinema, na Rua Augusta, em São Paulo, com uma promoção especial. A partir da terça-feira (4/6), os apoiadores, amigos e parceiros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que forem comprar ingressos no cinema para assistir ao filme, com peças de roupa que contenham símbolos do MST, pagarão meia entrada.

A promoção é válida apenas para as compras realizadas presencialmente nas bilheterias do Espaço Augusta.

Raimundo Bujão, produtor executivo do documentário, é também um ativista social do Movimento Negro Unificado (MNU), e atualmente está como presidente do Fórum de Entidades Negras da Bahia (FENEBA). Ele explica que essa promoção é reflexo da relação histórica do MST com as lutas por libertação no Brasil.

“Primeiro, é importante destacar que o Movimento Sem Terra no Brasil, e em especial na Bahia, é um grande contingente de homens e mulheres negras e, a partir disso, as lutas políticas em defesa da democracia, por justiça, se assemelham muito com as lutas históricas do povo preto, até porque a luta da população negra contra a escravidão passa também na luta pela terra, que é a bandeira principal do MST”, afirma Bujão.

O documentário do cineasta baiano Antonio Olavo revela a influência iluminista da Revolução Francesa (1789) no planejamento do Levante que pretendia derrubar o governo colonial, proclamar a independência e implantar uma república democrática, livre da escravidão. No ponto de vista histórico, a Revolta dos Búzios, ocorrida na Bahia em 1798, é um dos mais importantes acontecimentos do nosso país.

O longa é produzido pela Portfolium Laboratório de Imagens e distribuído pela Abará Filmes. Cineasta e pesquisador que atua com temas ligados à valorização da memória negra, Antonio Olavo sempre trabalhou com a pesquisa histórica no cinema documental, e destaca que a “história do Brasil não é apenas a história das elites brancas”.

Em cartaz pelo Brasil

O filme também entra em cartaz na Cinesala, em SP; Una Cine Belas Artes, em BH; e no Cine Glauber Rocha, em Salvador.

A produção documental teve apoio da ANCINE, FSA, BRDE, Governo do Estado da Bahia, Secretaria de Comunicação Social do Estado da Bahia, Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB) e da TV Educativa da Bahia.

O projeto de distribuição do filme foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura e Governo Federal.

A Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.

Assista ao trailer e não deixe de ver o filme na íntegra.