Por Diego Laguna

O destino volta a ser cruel com a seleção ganesa. Depois de uma eliminação sofrida e polêmica na sua melhor campanha em copas, em 2010, Gana volta a perder pênalti que poderia mudar roteiro do jogo, vê Uruguai ganhar por 2 a 0 e bota ponto final em sua aguerrida participação no Catar. Os presentes no estádio Al Janoub viram, entretanto, os uruguaios receberem a notícia da vitória coreana, que selou a também eliminação celeste, em que pese a grande atuação de Giorgian De Arrascaeta, craque do Flamengo.

Apesar de início que anunciava uma pegadinha do destino, o primeiro tempo foi regido por Arrascaeta e sua seleção. Gana teve um pênalti marcado pelo VAR a seu favor logo aos 17 minutos, mas a perda da oportunidade, protagonizada por André Ayew, fez o Uruguai relembrar de um roteiro conhecido e favorável a eles. A partir daí, o domínio sul-americano e abatimento africano foram fatores que culminaram nos gols do maestro celeste. O primeiro veio depois de finalização de Suárez e rebote do goleiro ganês, já o segundo nasceu depois de chute certeiro de primeira, deixando claro para o treinador Diego Alonso que sua ausência em jogos anteriores foi um erro.

A segunda etapa não poderia ser diferente: tentativas e pressão de Gana. Os ganeses tentaram bastante, insistindo contra uma celeste que se segurava como podia, até que o drama começou. O banco de reservas uruguaio recebeu a notícia da virada coreana no jogo simultâneo contra Portugal, e a tranquilidade virou desespero. Depois de pênaltis não marcados e muito nervosismo, os sul-americanos viram o árbitro da partida apitar o final do jogo e sua passagem de volta antecipada para casa.

Com o resultado, Gana antecipa seu retorno a Acra, capital do país, depois de uma campanha recheada de jogos eletrizantes, terminando com uma vitória e duas derrotas. A celeste termina com o mesmo destino, vendo a classificação escapar graças a redenção coreana. O provável adversário do Brasil, dessa forma, será os asiáticos, dependendo somente de um empate no jogo de logo mais contra Camarões. A zebra segue livre, leve e solta em Doha.

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Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube