Universidade inicia cultivo de cannabis no Brasil para utilizar em pesquisa veterinária
A previsão é de que o grupo de estudos poderá testar os extratos produzidos a partir de 120 plantas de cannabis com alto teor de CBD em uso tópico para analisar seu potencial cicatrizante, anti-inflamatório, seu efeito inseticida, repelente e desinfetante.
Por Anita Krepp
A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) iniciou há poucos dias seu cultivo de cannabis para fins de pesquisa, que tinha sido autorizado pela Justiça no fim do ano passado a Erik Amazonas, professor da instituição que há vários anos estuda a planta da cannabis e os efeitos dos cannabinoides em animais.
Amazonas coordena a pesquisa “Endocanabinologia e Cannabis Medicinal”, do Grupo de Estudos em Produção Animal e Saúde, que conta com a colaboração de outros professores e alunos da instituição.
A previsão é de que em até seis meses o grupo de estudos poderá testar os extratos produzidos a partir de 120 plantas de cannabis com alto teor de CBD em uso tópico para analisar seu potencial cicatrizante, anti-inflamatório, seu efeito inseticida, repelente e desinfetante.
A notícia é promissora e nos lembra que em breve muito provavelmente teremos novidades também da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que foi autorizada pela Anvisa, em dezembro de 2022, a cultivar cannabis também para fins de pesquisa. Atualmente, no Brasil, além da UFSC e da UFRN, apenas a Adwa Cannabis (empresa de tecnologia e melhoramento genético) e algumas associações de pacientes como Abrace, Apepi, Santa Cannabis e o Club Brasileiro de Fitoterapia Cannábica possuem autorização para cultivar cannabis em território brasileiro.