Uma retrospectiva das últimas edições da Copa do Mundo Feminina
O Mundial está em sua nona edição e, pela primeira vez, contou com 32 seleções
O Mundial está em sua nona edição e, pela primeira vez, contou com 32 seleções
Por Raisa Proeza
A Copa Feminina FIFA de 2023, que acontece na Nova Zelândia e Austrália, teve início em 20 de julho e tem final prevista para 20 de agosto. A edição tem sido a maior de todos os tempos, batendo diversos recordes. Após anos de luta e embates, o Mundial pôde contar com 32 seleções, de todos os cantos do globo, que foram em busca da tão sonhada taça.
A primeira edição da competição aconteceu em 1991, do outro lado do mundo: na China. Desde o início, a desigualdade se fez presente, inclusive na duração dos jogos, que só tinham 80 minutos no tempo normal – 10 minutos a menos em relação às disputas masculinas. Tal disparidade partia da ideia de que as mulheres não seriam capazes de atuar os 90 minutos, pois se desgastariam.
Além disso, o número de seleções que disputaram o campeonato foi bem menor: apenas 12. Na final, os Estados Unidos enfrentaram a Noruega e, com uma vitória por 2 a 1, ganharam o seu primeiro título, entrando para a história, como a primeira seleção feminina a levantar a taça.
A segunda edição ocorreu em 1995 e teve como país sede a Suécia. Os jogos passaram, por fim, a ter 90 minutos, porém o número de seleções participantes foi mantido. No total, foram realizadas 26 partidas, ao longo da competição, com 99 gols. A Noruega, vice-campeã de 1991, chegou a mais uma final com a artilheira da Copa: Ann-Kristin Aarones, com 6 gols. Dessa vez, jogando contra a Alemanha, as norueguesas, finalmente, se consagraram campeãs.
Em 1999, os Estados Unidos receberam as 16 equipes que disputaram o campeonato. As anfitriãs foram campeãs mais uma vez, alçando a segunda estrela. A partida foi realizada entre as donas da casa e a seleção chinesa. Na final, 90 mil pessoas assistiram ao jogo, e o expressivo número foi um ponto de virada, pois o esporte passou a ser bem mais difundido no país, que viria a se tornar uma potência na modalidade.
A China iria ser o país sede em 2003, porém a pandemia de síndrome respiratória aguda grave que se instalou no país impossibilitou a realização da Copa. Assim, os Estados Unidos sediaram, novamente, o Mundial, e a Alemanha foi a grande campeã da quarta edição, vencendo a seleção da Suécia.
Após a pandemia impedir a China de realizar os jogos, em 2007, o país pôde, finalmente, receber o Mundial. Ao vencer o Brasil por 2 a 0, a Alemanha conquistou o seu bicampeonato. Esse foi o melhor resultado da nossa seleção em Copas até hoje. A equipe contava com Marta e Cristiane, as maiores jogadoras de todos os tempos, que ganharam, respectivamente, a Chuteira de Ouro e a Bola de Bronze.
A Alemanha sediou a sexta edição, em 2011, e o Japão, dessa vez, foi o grande vencedor, garantindo a sua primeira estrela ao derrotar os Estados Unidos. Em 2015, o Canadá foi o anfitrião da sétima edição, que teve, pela primeira vez, após diversas reivindicações, 24 seleções disputando a taça. Japão e Estados Unidos repetiram a final da edição anterior, e as americanas conseguiram um feito inédito: consagraram-se tricampeãs, ao derrotar o Japão na final.
A edição de 2019 foi realizada na França e, segundo o site UOL, alcançou o recorde de espectadores, com mais de um bilhão de pessoas em 205 países. A final registrou 263 milhões de pessoas, sendo a mais assistida de todos os tempos. Os Estados Unidos levaram a melhor diante da Holanda, tornando-se os maiores vencedores da modalidade.
Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube