O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou nesta terça-feira o julgamento de três ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu então candidato a vice nas eleições de 2022, Walter Braga Netto, que pode se tornar inelegível.

As ações, movidas pelo PDT e pela Coligação Brasil da Esperança, apontam abuso de poder político durante a campanha da chapa de extrema-direita. Elas questionam o uso dos palácios da Alvorada e do Planalto para realizar transmissões ao vivo e reuniões com governadores e cantores sertanejos durante a corrida eleitoral.

A punição, em caso de condenação, pode ser a declaração de inelegibilidade por até oito anos, afetando, principalmente, Walter Braga Netto, já que Bolsonaro já foi condenado em outro processo.

Caso a chapa venha a ser condenada, Bolsonaro permanece inelegível por oito anos. Durante as alegações no TSE, a defesa do PDT enfatizou a gravidade das condutas atribuídas a Bolsonaro e Braga Netto, enquanto a defesa dos acusados minimizou o impacto das ações, alegando que as transmissões eram realizadas em redes sociais privadas.

Os processos tratam de lives realizadas nos palácios do Planalto e da Alvorada. Esses locais foram usados em proveito da candidatura à reeleição de Bolsonaro, e também para descredibilizar o processo eleitoral.