Três indígenas detidos na Câmara dos Deputados
Via Conselho Indigenista Missionário – Cimi Um indígena Kaingang, um Guarani e um Terena foram detidos no final da manhã desta quarta (18), em frente à Câmara dos Deputados, em Brasília. Ambos integravam o grupo de cerca de 100 indígenas que foram impedidos de entrar na audiência organizada pela bancada ruralista para discutir o que […]
Via Conselho Indigenista Missionário – Cimi
Um indígena Kaingang, um Guarani e um Terena foram detidos no final da manhã desta quarta (18), em frente à Câmara dos Deputados, em Brasília. Ambos integravam o grupo de cerca de 100 indígenas que foram impedidos de entrar na audiência organizada pela bancada ruralista para discutir o que eles chamaram de “agricultura indígena”.
Com a audiência, a bancada ruralista pretendia legitimar a proposta de legalização do arrendamento de terras indígenas, permitindo a exploração privada de terras indígenas e o avanço do agronegócio sobre esses territórios.
O grupo barrado buscava manifestar sua posição contrária ao arrendamento e em defesa de suas terras, mas foi impedido de entrar – os ruralistas disponibilizaram senhas de acesso apenas para apoiadores da proposta. Ao tentarem ingressar no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, foram atacados com muitas bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral e spray de pimenta.
Inicialmente, o indígena do povo Guarani foi detido pela Polícia Militar, mas a seguir foi entregue para o Departamento de Polícia Legislativa, onde também se encontra detido o indígena Terena.
O indígena Kaingang foi detido no Departamento Médico da Câmara dos Deputados, quando buscava atendimento para sua filha, uma criança que passou mal por causa do gás lacrimogênio.
https://youtu.be/RzKD1hmYXpI
Convocada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a audiência pública organizada pelos ruralistas foi deslegitimada pela Associação Terra Indígena do Xingu (Atix), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e o Instituto Raoni.