Os participantes do primeiro concerto pós-lockdown no Teatro Liceu de Barcelona, na Catalunha, que aconteceu nesta segunda-feira (22), não precisaram de máscaras ou luvas, nem foram obrigados a praticar o distanciamento.

O concerto que marcou a reabertura da casa de óperas contou com a presença exclusiva de 2.292 plantas. A ideia é promover uma reflexão sobre a condição humana em plena pandemia do coronavírus.

Segundo o diretor artístico do Liceu, Victor García de Gomar, o espetáculo questiona como nos tornamos “um público privado da possibilidade de ser um público” durante o confinamento.

Foto: Albert Garcia

“É um concerto que se aperfeiçoa com a participação do Reino Vegetal, enquanto o homem é espectador da sua própria crônica social”, disse Gomar ao site da casa de óperas.

As 2.292 plantas serão doadas a profissionais da saúde como forma de agradecimento pela dedicação ao trabalho nos últimos meses. Já no palco, o homenageado foi o compositor italiano Giacomo Puccini, cuja obra “Crisantemi” ecoou pelo teatro nos acordes dos músicos.

O espetáculo, batizado de “Concierto para el Bioceno”, pretende ainda fazer o público pensar no que aconteceu na Catalunha e no mundo, confrontando-o com a imagem do isolamento social que deixou vazias áreas antes compartilhadas por várias pessoas, de acordo com Eugenio Ampudia, artista conceitual responsável pelo show.

 

Foto: Albert Garcia