Supremo marca julgamento de Arthur Lira por denúncia de propina e corrupção
Turma do Supremo já havia decidido tornar Lira réu por corrupção, mas um pedido de Dias Toffoli adiou a decisão. STF volta a julgar na próxima semana
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu marcar para a próxima terça-feira (6) o julgamento de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara dos Deputados, por uma acusação de propina e corrupção.
Em abril de 2018, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acusou o parlamentar de ter recebido propina de R$ 106 mil do então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), Francisco Colombo, que buscava apoio político para se manter no cargo. O dinheiro estava com um assessor de Arthur Lira.
Lira apresentou um recurso contra a decisão de Dodge e o julgamento retoma com a análise do pedido feito pelo deputado. A informação de que o julgamento foi marcado para a próxima semana foi publicada pelo Valor.
Lira, réu
Em 2020, com votos dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello (aposentado), o colegiado formou maioria para manter Lira réu por corrupção passiva. Depois o ministro Dias Toffoli pediu mais tempo para analisar os autos.
Os R$ 106 mil foram apreendidos no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O inquérito sobre a propina da CBTU teve origem em delações do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.