Moraes destacou provas, incluindo imagens de Matheus dentro do Congresso Nacional com uma lata de cerveja

Foto: Marcelo Camargo

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Matheus Lima de Carvalho Lázaro, terceiro réu acusado pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, a uma pena de 17 anos de prisão, uma sentença semelhante à do primeiro réu julgado pela Corte no mesmo dia. Matheus Lázaro foi responsável por divulgar mensagens em que defendia a necessidade de “quebrar tudo” para que o Exército interviesse. Em depoimento, ele confessou a invasão do Congresso e a filmagem de colegas atirando pedras em vidraças.

O ministro Alexandre de Moraes considerou o caso de Matheus como “ainda mais grave” devido ao seu passado como soldado no Exército e sua participação em um acampamento em Apucarana (PR). Moraes destacou provas, incluindo imagens de Matheus dentro do Congresso Nacional com uma lata de cerveja. A decisão de Moraes foi seguida por outros ministros, incluindo Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Rosa Weber.

O ministro Roberto Barroso concordou com Moraes, mas não reconheceu o crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Por outro lado, Nunes Marques votou apenas pela condenação do réu por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O ex-ministro André Mendonça não votou devido a questões de saúde.

Durante o julgamento, Matheus Lima enviou mensagens à esposa grávida durante a invasão ao Congresso, expressando sua esperança por uma intervenção militar logo após a ocupação dos prédios pelos manifestantes.

Matheus Lima de Carvalho Lázaro, de 24 anos, não foi preso na praça dos Três Poderes, mas sim no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, enquanto retornava de um ato com dois amigos.