Por Vitória Soriano para o SOM

Os Garotin é um trio musical de São Gonçalo, formado em 2022 por Léo Guima, Anchietx e Cupertino, que têm chamado cada vez mais atenção por suas composições intoxicantes de Black Music. O trio chegou a ser aclamado pelo cantor e compositor Péricles, que apontou a banda como a que mais tem chamado a atenção do artista ultimamente.

De acordo com uma entrevista para Som, grupo citou que a formação dos Garotin se deu naturalmente, pois mesmo que não possuíssem a intenção de se apresentar juntos, parecia que “cada parte da música tinha um lugar mais confortável e mais bonito na voz de cada um, e isso foi dando uma cara de trio, e quando a gente percebeu que a gente tinha um potencial de trio, admirando a carreira individual de cada um, a gente jogou pro futuro”, diz Léo Guima.

O grupo conta que o surgimento do grupo foi antecipado pelo incentivo da empresária Paula Lavigne, que disse que os meninos já eram um trio e precisavam se juntar agora. “Foi uma coisa que ela disse mas de certa forma a gente tava sentindo que era o momento”, diz Cupertino. O grupo conheceu a empresária porque frequentavam a casa de seu marido, o cantor e compositor Caetano Veloso.

O grupo contou como começou sua história: “Começa com Cupertino e Léo”. Os dois se conheceram em 2018 através da música e passaram a morar juntos. Após um ano dessa convivência, Cupertino conheceu Anchietx em um sarau no Rio de Janeiro e o apresentou para Léo, desta união de almas, como descreve o grupo, se forma uma amizade que daria nascimento aos Garotin. 

Seu último álbum “OS GAROTIN DE SÃO GONÇALO” lançado em maio deste ano, é uma estimulante mistura de Soul, Jazz, R&B, MPB e Black Music. O álbum, que é maravilhosamente produzido, contém sucessos como a track “Garota”, “Violão Amarelo” e “Curva Escura” e chegou a render ao trio uma das três indicações ao Grammy Latino, na categoria de Melhor Álbum de Engenharia da Gravação. O trio também recebeu indicações nas categorias de Artista Revelação e Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

Com uma estética ímpar, a capa do álbum reflete a alma, o conceito e a história do grupo: o brasão de São Gonçalo para referenciar sua origem, o pente que Léo Guima usa na contracapa junto de um mocassim, referenciando a conexão que o álbum tem com a Black Music, e o conceito vintage de luxo que os garotos carregam. “A estética do nosso som é muito inspirada na vivência do gonçalense e se mistura com a musicalidade de lá de fora, essa coisa do Silk Sonic. Você vê na estética uma coisa atemporal que mira nas coisas do passado mas ao mesmo tempo traz um frescor”, descreveu Cupertino.

Já ultrapassando 45 milhões de reproduções nas plataformas apenas com o álbum de estreia e o EP “Os Garotin Session”, Os Garotin já chegaram a ser finalistas na categoria “Brasil” do prêmio Multishow e ganhadores da categoria “Experimente!” do prêmio Potências!.

A banda de São Gonçalo vem lotando casas de show como o Circo Voador, que precisou de uma data extra para suprir a procura dos fãs. Em São Paulo, “Os Garotin” também lotaram dois dias de shows na Casa Natura Musical. Ao citar as casas de show lotadas, principalmente em São Paulo, Cupertino relembra a época em que trabalhava como artista de rua na Avenida Paulista: “Quando você está vulnerável é o melhor momento artístico para criar, porque a música é a única coisa que você tem, então quando volto lá, eu tocava na rua, foi um aprendizado tremendo tocar na rua”, disse. “Então, quando eu volto lá é uma magia, pois é impossível não lembrar dessa fase”, complementa.

O aclamado trio marcou presença no Rock In Rio, em 19 de setembro, no Pavilhão Itaú. O pocket show teve como convidada especial a cantora Liniker, que, junto com Os Garotin, fez um show inesquecível na Cidade do Rock.