SOM Indica: Conheça Vittor Adél, a voz da diversidade e da resistência na música baiana
Cantor, dançarino e ator, ele desafia os padrões com um estilo próprio e irreverente, sendo um dos brilhantes integrantes do renomado Coletivo Afrobapho.
Por Noé Pires
Imerso na efervescência cultural de Salvador, Vittor Adél (@vittoradel), emerge como um verdadeiro ícone da arte e da diversidade. Cantor, dançarino e ator, ele desafia os padrões com um estilo próprio e irreverente, sendo um dos brilhantes integrantes do renomado Coletivo Afrobapho.
Utilizando o poderoso ritmo do pagodão baiano como sua tela, Vittor Adél celebra a ancestralidade, vivências e afetos das bixas pretas, elevando narrativas negras e LGBTQIA+ a patamares inexplorados. Sua música é um manifesto, uma ode à diversidade e à inclusão.
Nas noites soteropolitanas, Adél é presença marcante em eventos como o icônico Batekoo e as vibrantes Paradas da Diversidade, agitando corações e mentes com sua arte transformadora.
Os palcos dos festivais de Natura Musical em Salvador e São Paulo testemunharam a genialidade de Vittor Adél em parceria com o Coletivo Marsha. Hits como “Laranjada” e “Entre Amigos RMX” com Neftara conquistaram milhares de ouvintes, ecoando nas playlists mais populares do Spotify.
Em dezembro de 2023, o artista lançou seu tão aguardado EP “Laranjada”, com 6 faixas que exploram amor, ancestralidade e vivências sociais. Do pagodão ao pagotrap, passando por pitadas de rap, reggae e R&B.
Sua arte é um verdadeiro manifesto pela diversidade nos carnavais da Bahia, como evidenciado no videodance realizado em parceria com a Casa do Carnaval da Bahia + Coletivo Afrobapho.
O S.O.M, “sistema operacional da música”, bateu um papo com Vittor Adél, sobre o EP “Laranjada”.
“Laranjada foi um EP que estava sendo produzido há quase 2 anos. A pesar dos descartes e novas músicas incluídas, esse projeto surgiu com o intuito de mostrar versatilidade musical e também dentro das pautas que levanto e acredito”, explica Adél.
“Aqui na Bahia nós usamos a palavra “Laranjada” para se referir a emboscadas, ciladas, etc, e falando de um sistema que a todo tempo luta contra a existência de pessoas pretas e LGBTQIAPN+ tentando apagar ou nos colocar em posição de subserviência, eu serei Laranjada para todos eles”, comenta Vittor Adél.
“Vão ter que me ver vencendo. Vão ouvir meu som, se contagiar com o swing da Bahia e quando menos perceberem estarão dançando e lutando junto comigo”, ressalta o cantor.