Por Noé Pires

Emergindo como uma das vozes mais intrigantes de Porto Alegre nos últimos anos, a banda Bella e o Olmo da Bruxa (@bellaeolmo), surge com suas composições emocionantes e surpreendentes. Em uma nova fase de sua carreira, o grupo lançou “Ventos do Norte (Terral)” , acompanhada pelo primeiro videoclipe em cinco anos.

A nova música é uma verdadeira exploração de saudade e desilusão, capturando a essência das emoções humanas com uma sonoridade renovada para a banda. Com baterias contidas, guitarras etéreas e a adição de sintetizadores, pianos e harmonias vocais, “Ventos do Norte” marca um ponto de virada criativo. Pedro Acosta, o compositor, revela: “’Ventos do Norte’ é a tradução do sentimento de uma juventude intensa que sempre nos guiou. É dramática, jovem e, em sua simplicidade, profunda. Esta música representa a nova fase da banda, produzida com um rigor que nunca experimentamos antes. Estamos prontos para alcançar mais pessoas e esta canção é o nosso cartão de visita.”

O videoclipe, dirigido por Lucas Bellator, do projeto Expedidor e da Legal Records, procura refletir a espontaneidade e leveza que são a essência da banda. “Antes de qualquer coisa, Bella e o Olmo da Bruxa é uma banda de amigos próximos, e quis trazer essa intimidade para o clipe. Sendo o primeiro videoclipe da banda, é crucial que o público veja essa conexão de uma maneira inédita,” explica Bellator.

Bella e o Olmo da Bruxa, composta por Julia Garcia, Felipe Pacheco e Pedro Acosta, lança “Ventos do Norte (Terral)” pelo selo outrahora rec, com produção de Nick Mendes e João Lentino. Com raízes em Porto Alegre/RS, a banda promete uma série de novos lançamentos nesta fase vibrante e inovadora.

O S.O.M, “Sistema operacional da música”, o canal de música da mídia NINJA, bateu um papo com a banda Bella e o Olmo da Bruxa.

1 – Como a banda Bella e o Olmo da Bruxa está inovando seu som na cena cultural de Porto Alegre?

Acredito que a Bella seja uma das bandas que mais consiga conversar e interagir com seu público dentro do seu contexto, de forma que cada lançamento, mesmo trazendo mudanças estéticas e sonoras, gera um engajamento muito forte dos fãs seja nas redes sociais ou nos shows, além disso claro, a gente consome e é inspirado por muita música que não comunicava necessariamente com o rock/indie rock e penso que isso que acaba tornando o processo de criação mais divertido e as músicas menos engessadas dentro de padrões de gêneros.

2 – Qual é a importância do novo videoclipe para a banda e o que o diretor Lucas Bellator quis transmitir com ele?

O clipe acabou sendo um marco importante para o novo momento da banda, exatamente por trazer uma onda completamente diferente do que já tínhamos feito até então, segundo o próprio Lucas (diretor do clipe) a ideia era dar bastante espaço pra nossa performance, como se tratava de um primeiro clipe oficial da banda, junto de imagens de lugares que comunicavam com a gente como o litoral norte do estado e a própria Porto Alegre

3 – De que maneira você descreve a essência de “Ventos do Norte (Terral)” e como essa música representa a nova fase da banda?

Ventos do norte foi uma música bem importante para aquele momento da banda, voltando a produzir pós um ciclo de primeiro álbum que já tinha sido bem transformado, essa música acaba sendo um símbolo perfeito de uma nova fase, uma vez que ela trazia uma sonoridade bem diferente dos nossos sons anteriores além de uma estética completamente diferente.

4 – Quais são os novos elementos musicais introduzidos pela banda em “Ventos do Norte (Terral)” e quem são os produtores por trás desta faixa?

Nessa faixa a gente acabou abraçando muito o dreampop/indie pop numa onda que caracteriza muitos artistas que a gente sempre gostou, assim, a música acaba abraçando novos instrumentos como synths e pianos coisas que a gente ainda não tinha experimentado até então, no geral ela teve um processo de produção mais demorado junto com os produtores Nicholas Mendes e João Lentino (que segue como nosso produtor até hoje), a gente conseguiu gastar bastante tempo deixando ela com o som que a gente queria, e isso até serviu pra se acostumar com esse processo um pouco mais cadenciado e profissional de produção que a gente utiliza até hoje.