Solidariedade a Vini Jr.: movimento negro faz protesto em frente ao consulado da Espanha em SP
Ludmilla, Gilberto Gil, Taís Araújo e o presidente Lula (PT) expressaram solidariedade ao atacante do Real Madrid
Movimentos da causa negra e de direitos humanos realizam na tarde desta terça-feira (23) manifestações de repúdio aos atos racistas enfrentados pelo jogador brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid. O protesto está agendado para ocorrer na tarde desta terça-feira (23) na sede do consulado espanhol em São Paulo, situada na região do Jardim América.
“Chega de racismo. O movimento negro aqui em São Paulo estará presente mais uma vez, mostrando solidariedade a Vinicius. Ele não está sozinho”, escreveu Luka Franca, representante do Movimento Negro Unificado (MNU).
Os atos racistas perpetrados por torcedores do Valencia contra o atleta brasileiro têm repercutido no Brasil e no mundo. Artistas como Ludmilla, Gilberto Gil, Taís Araújo e o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) expressaram solidariedade ao atacante do Real Madrid e exigiram medidas efetivas.
Em função desse episódio, as luzes do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), foram apagadas na noite de segunda-feira (22). Essa ação, liderada pelo Santuário Arquidiocesano e coordenada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em conjunto com o grupo Observatório da Discriminação Racial no Futebol, visou chamar a atenção para o problema. Vinicius Junior agradeceu o apoio manifestado em suas redes sociais.
Maria Luísa Escorel, secretária no Itamaraty para a Europa e os Estados Unidos, entrou em contato com a embaixadora da Espanha, Mar Fernández-Palacio, para expressar a insatisfação do governo brasileiro frente à recorrência de incidentes racistas.
Na Espanha, devido à repercussão global do caso, quase todos os partidos políticos, juntamente com o presidente Pedro Sánchez, manifestaram-se publicamente para condenar os atos e afirmar que o país não é racista. No domingo (21), Vinicius Junior afirmou que “hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas”.
*Com informações da Folha