Sleeping Giants Brasil reúne denúncias de desinformação sobre enchentes do RS
Iniciativa busca derrubar publicações nas redes que propaguem mentiras.
O Estado do Rio Grande do Sul vem enfrentando fortes chuvas que afetam a região desde a semana passada. As enchentes já provocaram mais de 113 mortes e afetaram 401 dos 497 municípios gaúchos. Além de um mar de lama e grandes inundações, a população do RS vem enfrentando mais um problema: a desinformação.
Pensando nisso, o Sleeping Giants Brasil começou essa semana uma iniciativa para receber denúncias de fake news sobre a tragédia e denunciar publicações nas redes que propaguem desinformação. A estratégia utiliza toda a rede de WhatsApp da instituição, que atualmente conta com 136 grupos e 14.000 usuários, para receber denúncias de fake news sobre a tragédia do RS, além de um grupo focado em denunciar esses conteúdos até que sejam removidos pelas plataformas.
Desde o início da iniciativa, perfis que estavam espalhando fake news, como o da empresária Michele Abreu, que estava cometendo intolerância religiosa ao afirmar que as enchentes são castigo de Deus, foram derrubados. Também foi aberto no Instagram um novo perfil, @slpng_giants_pt, que tem como objetivo combater o lucro com desinformação climática e ambiental.
Além do combate à desinformação sobre a tragédia, o SGBR vem fazendo um levantamento nas suas redes com as empresas que colaboraram de alguma forma com doações para ajuda humanitária na região. O levantamento está disponível no X (antigo Twitter) da organização, onfira aqui.
Sobre o Sleeping Giants Brasil
Criado para desmonetizar conteúdo desinformativo na internet, o movimento Sleeping Giants Brasil soma centenas de campanhas com alertas a consumidores e anunciantes para o uso de publicidade em sites e perfis em redes sociais acusados de disseminar mensagens falsas e discurso de ódio.
No Brasil, a organização atua há quase quatro anos como aliada da publicidade. Desde sua fundação, seus alvos deixaram de receber R$139,2 milhões em anúncios e campanhas de crowdfunding interrompidos pela pressão de seus apoiadores, segundo contabilização dos fundadores Leonardo Leal, Mayara Stelle e Humberto Ribeiro.
Ao todo, 1.550 empresas foram cobradas a se manifestar sobre a presença de seus anúncios em sites desinformativos. Desse total, 1.153 responderam e se comprometeram a retirar publicidade dos portais, o que representa uma eficácia de 74%. Entre elas estão companhias como Bradesco, Adidas, Ford, Fiat, Uber e Amazon.