Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal do governo Bolsonaro, foi o primeiro investigado a ser ouvido pela CPMI do Golpe

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Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal do governo Bolsonaro, foi o primeiro depoente a ser ouvido pela CPMI do Golpe, nesta quarta-feira (20). A sessão iniciou com um pedido para que o senador bolsonarista Marcos do Val (PL) não faça parte da comissão, já que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal por participação no esquema golpista, além de ter sido alvo de busca e apreensão na última semana. O pedido feito pelo senador Rogério Correa (PT), e subscrito por 16 integrantes, foi negado por Arthur Lira (UB), presidente da comissão.

Silvinei deixou de responder objetivamente sobre o fato de ter sido condenado por agredir um frentista que não quis lavar sua viatura. Quem está pagando a ação é a Advocacia-Geral da União. A indenização é de R$ 99 mil, em valores atualizados. A pergunta havia sido feita pela relatora Eliziane Gama (PSB), que passou a ser atacada pelo delegado bolsonarista Éder Mauro, expondo mais uma vez o machismo da bancada. Mauro sequer é membro da comissão.

Silvinei então decidiu falar a verdade e assumiu que foi condenado, depois de ter sido avisado que poderia ser preso.

Já o senador Fabiano Contarato (PT-ES), perguntou a Silvinei se ele obedecia o Estado brasileiro ou Jair Bolsonaro. Contarato lembrou que Silvinei pediu votos publicamente para brasileiros. “O diretor da Polícia Rodoviária Federal não age pelo seu CPF”.