Seu café ficou mais caro e isso tem a ver com o clima
As fortes geadas e o tempo seco no inverno prejudicaram as lavouras de café, que já estão comprometidas
Teca Curio, da Cobertura Colaborativa NINJA na COP26
As lavouras de café têm sofrido impactos cada vez mais fortes por conta das mudanças climáticas. A estiagem no ano passado e as fortes geadas neste, impactaram a produção de café no país, que fez o preço do produto subir 37,1% nos últimos nove meses, segundo o indicador Abrasmercado, da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) divulgado no dia 12. O índice avalia o comportamento dos preços de 35 produtos de largo consumo nos supermercados.
Para se ter uma ideia, em Minas Gerais é o estado que mais produz café no Brasil, a safra 2021 rendeu uma colheita de 21,5 milhões de saca, mas isso é 38% menor que a safra anterior, segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG). Os estados de São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Rondônia também são produtores.
A redução dos números da safra se dá por forte estiagem que atingiu Minas Gerais em setembro do ano passado, época mais importante para o florescimento dos cafezais. Já neste ano, foram atingidas por geadas, em julho e agosto. O estudo realizado pela Seapa foi importante para que os pequenos produtores que receberam crédito rural pudessem acessar seguro agrícola e renegociar dívidas.
É por isso que o consumidor sentiu no bolso o aumento do preço e o café foi apontado com um dos vilões da inflação de outubro, segundo a Pesquisa Nacional de Cesta básica divulgada na primeira semana de novembro pelo DIEESE ((Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). O café subiu em boa parte das capitais, registrando maior alta em Vitória (ES), com valor 10,14% maior.
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