Seminário sobre terra e territórios marcam lançamento da Frente Parlamentar de Agroecologia
Frente parlamentar de agroecologia é lançada na Câmara dos Deputados.
Aconteceu na manhã desta terça o seminário Terra e Territórios: alimentação saudável e redução de agrotóxicos, marcando o lançamento da Frente Parlamentar de Agroecologia e Produção Orgânica na Câmara dos Deputados.
A ideia do seminário e da frente é trazer luz ao debate sobre os desafios da agricultura, do meio ambiente e da segurança alimentar no Brasil, bem como a avaliação do estágio de implementação das políticas públicas e determinações legais relacionadas a este setor. O seminário acontece durante o dia todo e mais de 600 pessoas de movimentos sociais, agricultores familiares, estudantes, trabalhadores do campo de diversas cidades.
Uma série de debates acontece na segunda parte, pela tarde, e um deles vai falar sobre o PNARA – Política Nacional de Redução de Agrotóxicos, pauta importante que tramita no Congresso Nacional e é o antídoto para a política de liberação de agrotóxicos a qual o país está submetido.
Participaram da abertura o Deputado Federal Helder Salomão, Leonardo Monteiro, da Comissão de Legislação Participativa, o Deputado Federal Rodrigo Agostinho, da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Bela Gil, apresentadora e ativista alimentar, João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, Joe Valle, produtor de orgânicos do DF, Dênis Monteiro – Representante da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Rogério Dias – Representante da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).
Além da preocupação com a liberação de agrotóxicos e desmatamento para avanço do agronegócio, os participantes lembraram os retrocessos que o Ministério do Meio Ambiente e o governo tem realizado.
“Nós estamos num momento que a direita quer apagar a nossa luz e, pra segurar, para resistir, quando eles apagarem a luz a gente tem que estar com as mãos dadas um com o outro. Mais do que nunca é hora de ninguém soltar a mão de ninguém. A derrota do agro só é possível se trouxermos o consumidor pro nosso lado, ora pra fazer a luta contra o veneno e hora pra fazer luta contra o que eles chamam de comida que é na verdade soja pra exportação” reforça João Paulo, do MST.
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“Estamos vendo um ataque sistemático aos povos e comunidades tradicionais. Precisamos fazer a nossa resistência, o Brasil tem hoje mais de 40 milhões de hectares de áreas desmatadas e não utilizadas”, afirma deputado Rodrigo Agostinho, presidente da frente parlamentar de Meio Ambiente.
Bela Gil reitera a posição de uma mudança alimentar como caminho de mudanças políticas: “Não dá mais pra gente produzir comida as custas de desmatamento e queimadas na floresta, de assassinato dos povos indígenas, quilombolas, da concentração de terra, do envenenamento da terra e da água, da desigualdade e da fome no campo. A alimentação é uma grande ferramenta de transformação. Comer, assim como viver, é um ato político. Mas ele só é um ato político se tem”.
Os presentes também participaram de uma coletiva de imprensa no Salão Verde do Congresso, confira:
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