Sem salários, professores grevistas de MT resistem contra truculência do governo
O governo de Mauro Mendes (DEM) no Mato Grosso decidiu praticar uma série de ações truculentas contra os grevistas da educação básica.
O governo de Mato Grosso, comandado por Mauro Mendes (DEM), além de cortar diálogo com os professores e servidores da educação básica em greve no Estado, decidiu praticar uma série de ações truculentas contra os grevistas. Além de terem o ponto ilegalmente cortado, eles agora perderam o acesso ao crédito consignado. As medidas só tem ampliado a reação dos professores, que foram às ruas em protesto. Hoje, quarta-feira, 17, está marcado mais um grande ato no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em frente ao Shopping Pantanal, em Cuiabá (MT).
A greve já dura cerca de 55 dias. Com o corte do ponto, mais de 15 mil profissionais da educação ficam sem salários neste mês. Em virtude desta retaliação, os protestos dos grevistas se somaram a uma campanha de doação solidária. Nas ruas de Mato Grosso, agora é comum encontrar docentes e servidores da Educação nos sinaleiros pedindo apoio. Doações de dinheiro e comida são aceitas.
As assembleias gerais dos grevistas também têm se ampliado cada vez mais, somando adeptos e movimentos interessados em somar-se à luta dos docentes e servidores. Ainda que negligenciado pelas mídias tradicionais cuiabanas, as passeatas também têm crescido.
Ao todo são cerca de 40 mil profissionais da educação básica pública em Mato Grosso. As duas principais reivindicações são as do cumprimento integral da Lei 510/2013, que trata sobre aumento salarial, pagamento dos salários cortados durante o período de greve e além disso, e a lei 10.572/2017 sobre RGA, referente aos pagamentos retroativos que não foram feitos. Toda tentativa de diálogo com o governador foi feita, mas ele reforça que não pode conceder o aumento para não ultrapassar o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O sistema judiciário de MT, através do procurador-geral do Estado Francisco de Assis da Silva Lopes cortou o ponto dos profissionais da educação básica afirmando que a sua decisão seguia entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o desconto nos salários dos funcionários em greve ilegal é permitida por lei. Contudo, a reivindicação dos professores é de que não há nenhuma ilegalidade no ato de greve.
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