Seleção feminina de goalball busca pódio inédito para Brasil nos jogos paralímpicos
O empate com a atual bicampeã paralímpica na estreia deixa a equipe mais confiante para os próximos confrontos.
Por Tamara Finardi, para Cobertura Colaborativa Paris 2024
A seleção feminina de goalball está em Paris inde almeja a busca por uma medalha paralímpica inédita para as mulheres. O próximo desafio rumo a este objetivo é a partida contra o Japão nesta terça (03), às 13h, valendo vaga para a semifinal. A equipe japonesa foi a algoz da oportunidade de pódio nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, onde o Brasil foi superado por 6×1 e ficou em 4º lugar – mesma colocação da Rio 2016.
Nossa seleção feminina chega às quartas de final após encarar na fase de grupos a Turquia (atual bicampeã Paralímpica), Israel e China. Com o empate no jogo contra as turcas, e a derrota para a equipe israelense e chinesa, as brasileiras terminaram a participação da fase de grupos em 4º lugar da chave C.
Em maio deste ano, o time brasileiro disputou a Malmö Cup, na Suécia, com o intuito de se preparar para os Jogos de Paris. Neste torneio, que contou com a participação de sete das oito equipes classificadas para as Paralimpíadas, o Brasil ficou com o vice-campeonato, após perder a decisão para o Japão, em partida equilibrada, que terminou com o placar de 3×2.
Este ano, oito equipes competem pelo título, divididas em duas chaves. O Brasil está no grupo C, juntamente com Turquia, Israel e China. No grupo D estão Coreia do Sul, Canadá, França e Japão.
O técnico Alessandro Tosim assumiu a equipe feminina em dezembro de 2023, após uma campanha vitoriosa com a seleção masculina, incluindo o ouro em Tóquio 2020. A estreia com as mulheres do goalball em Paris deixa Tosim confiante para os próximos confrontos: “Fizemos uma grande partida. Sabemos que a Turquia é uma das equipes favoritas à medalha de ouro e nos preparamos muito para esta competição. Saímos do jogo de uma forma muito grande, pensando nos próximos passos. O que esperamos é que a equipe vá crescendo dentro da competição.”
.Jogadoras passam por período intenso de preparação
Desde o dia 15, as seleções de goalball estão na França para o período de aclimatação. Os primeiros treinos aconteceram no Centro Esportivo de l’Aube, em Troyes, cidade que fica a cerca de 160 km da capital francesa.
Durante os dias 09 e 19 de julho, brasileiras e canadenses realizaram treinos no CT Paralímpico em São Paulo, visando a preparação para as disputas em Paris.
A seleção brasileira chega aos Jogos Paralímpicos após conquistar a prata na Malmö Cup, torneio realizado em maio na Suécia, onde sete das oito equipes presentes nos Jogos Paralímpicos competiram. Na semifinal, o Brasil derrotou a Turquia, mas acabou perdendo o título para o Japão.
Como a seleção feminina conquistou a vaga para Paris 2024
A seleção feminina não conseguiu se classificar diretamente pelos qualificatórios que disputou, mas em fevereiro deste ano herdou a vaga do regional da África, visto que a classificatória não atingiu o número mínimo de equipes.
O Campeonato Africano contou com a participação de Argélia, Egito e Gana na modalidade feminina. Contudo, o Comitê Paralímpico Internacional só valida qualificatórias para os Jogos Paralímpicos com no mínimo quatro equipes. Desta forma, a África não contará com representantes no goalball feminino.
A vaga que ficou em aberto foi oferecida à equipe com melhor resultado no último Mundial e que ainda não estivesse classificada para as Paralimpíadas de 2024. Com o bronze nos Jogos Mundiais promovidos pela IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), realizado na Grã-Bretanha no ano passado, o Brasil recebeu e aceitou o convite para Paris.
Na época, a jogadora de goalball Ana Gabriely Brito, 33, comentou como a notícia impactou a equipe durante um dia comum de treino: “Em competições não conseguimos a vaga. Mas, quando menos esperávamos e já estávamos nos preparando para o ciclo de 2028, vem essa grata surpresa!”
Conheça as jogadoras convocadas
- Ana Gabriely Brito Assunção, 33 anos
Equipe: Sesi-SP - Danielle Vilas Longhini, 23 anos
Equipe: Sesi-SP - Geovana Clara Costa de Moura, 25 anos
Equipe: Adevirn-RN - Jéssica Gomes Victorino, 30 anos
Equipe: Sesi-SP (Participou dos Jogos de Tóquio 2020) - Kátia Aparecida Ferreira Silva, 29 anos
Equipe: Instituto Athlon-SP (Participou dos Jogos de Tóquio 2020) - Moniza Aparecida de Lima, 26 anos
Equipe: Sesi-SP (Participou dos Jogos de Tóquio 2020)
Comissão técnica
- Técnico: Alessandro Tosim
- Auxiliar técnica: Luciana Di Tilio Matos Muller
- Fisioterapeuta: Mônica Araujo de Freitas
- Preparador físico/Analista de desempenho: Luis Felipe Castelli Correia Campos
- Médica: Vanessa de Sousa Melo
- Coordenador: Kelvin Gyulo Bakos
Campanhas da seleção feminina em Paralimpíadas
- Tóquio 2020: 4º lugar
- Rio 2016: 4º lugar
- Londres 2012: 7º lugar
- Pequim 2008: 6º lugar
- Atenas 2004: 7º lugar
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