SEDA SP celebra o cinema contemporâneo brasileiro com sessões gratuitas e debates
As obras abordam temas relevantes como negritude, resistência indígena e luta LGBTQIAPN+
De 6 a 14 de julho, amantes de cinema e profissionais do audiovisual têm um encontro marcado na SEDA – Semana do Audiovisual. O evento, que combina cinema, encontros, conversas e diversão, será realizado em formato híbrido. A SEDA 2024 ocupará a Nave Coletiva, sede da Mídia NINJA em São Paulo (SP), com um dia de programação em Campo Limpo, além de uma mostra online com 50 filmes.
As sessões presenciais serão totalmente gratuitas e ocorrerão na Nave Coletiva (Rua José Bento, 106, Cambuci, São Paulo – SP), sempre às 18h. A programação inclui filmes com temáticas: LGBTQIAPN+, negritude, indígena, PCD, periferia de SP e América Latina. Cada sessão será seguida de debates com membros das equipes dos filmes, proporcionando discussões ricas sobre as produções e temas relevantes do setor audiovisual.
Programação
07/07- “Para Onde Voam as Feiticeiras” de Beto Amaral, Carla Caffé e Eliane Caffé, sete artistas exploram preconceitos de gênero e raça no centro de São Paulo, destacando a resistência política via alianças entre coletivos LGBTQIAPN+, negritude, indígenas e trabalhadores sem teto.
08/07- “Terror Mandelão” de Felipe Larozza e GG Albuquerque, a trajetória de DJ K e MC Zero K nos bailes funk de São Paulo, combinando documentário, ficção e experimentação visual para mostrar os desafios dos jovens na música.
09/07- “Aguyjevete Avaxi’i”, de Kerexu Martim, celebra a retomada do plantio das variedades do milho tradicional do povo Guarani M’bya na aldeia Kalipety, onde antes havia uma área seca e degradada, consequência de décadas de monocultura de eucalipto. Considerado como um dos verdadeiros alimentos que os seres divinos possuem em suas moradas celestes, o milho passa por rituais e bênçãos desde o plantio até a colheita, quando a aldeia se junta para festejar. Comê-lo mantém a vitalidade dos seres humanos em equilíbrio, à semelhança das divindades.
09/07- “Thakhi”, de Natali Mamani, em Aymara, “Thakhi” significa “caminho”. É esse caminho o que a Natali faz do Brasil à Bolívia, do presente ao passado. Entre a saída de uma longa viagem à um final que dá início a outros rumos. Às vezes na essência andina, as lições mais importantes estão onde habitam as dualidades, nos desvios no decorrer do caminho. Um redescobrir sua existência ancestral.
10/07-“Assexybilidade” de Daniel Gonçalves, histórias de PCDs sobre sexualidade e experiências, desmistificando tabus e enfrentando preconceitos, com relatos pessoais do próprio diretor.
11/07- “Olhar de Cícera” de Melina Soulz, o cotidiano do acampamento do MST “Marielle Vive!”, conduzido por Cícera Alves Bezerra, mostrando a vida colaborativa e o respeito pela terra.
12/07- “Puan” de María Alché e Benjamín Naishtat, Marcelo Pena, professor de filosofia, disputa uma vaga na Universidade de Buenos Aires com Rafael Sujarchuk, seu charmoso colega e namorado de uma estrela do cinema.
14/07 – “Bandida – A Número Um” de João Wainer, o filme de ficção é baseado no romance “A Número Um”, de Raquel de Oliveira. A trama acompanha a trajetória de Rebeca (nome da personagem inspirada em Raquel), que aos 9 anos é vendida pela própria avó para o bicheiro que comandava o morro. Anos mais tarde, imersa em um mundo de corrupção e violência, ela assume o bando e toma o posto de número um do tráfico de drogas da favela*.
Serviço
Local: Nave Coletiva, Rua José Bento, 106, Cambuci, São Paulo (SP), próximo às estações Alberto Lion do Expresso Tiradentes e Bresser-Mooca da linha 3 – Vermelha do Metrô. *No dia 14/07 o evento acontecerá na Agência Solando Trindade, em Campo Limpo
Entrada: Gratuita, com inscrições através do Portal da Floresta Ativista.
Realização: Associação Coletivo Cultural através da Cine NINJA, com apoio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo.