Um dos festivais mais longevos em ação no norte do país, o Festival Se Rasgum (@serasgum), anuncia sua 19ª edição com muitas novidades. Neste ano, ele acontece mais cedo, de 10 a 14 de setembro, em diversos pontos espalhados pela cidade de Belém. Com noites gratuitas, espaço para debates, oficinas de formação e cada vez mais celebrando e dando palco para as muitas riquezas do norte do nosso país, o festival mira na diversidade, conexões musicais e sustentabilidade.

As três primeiras atrações de peso que se apresentam no Espaço Cultural Na Bêra, no dia 14 de setembro, anunciadas pelo festival ,são: o fenômeno pop Ana Frango Elétrico (@anafrangoeletrico), a jamaicana Marcia Griffiths (@marciagriffiths_queenofreggae) e a paraense Valéria Paiva (@valeriapaivaofficial).

“Seguimos apostando no novo, em artistas que sabemos que estarão nos próximos line-ups de festivais, e ainda reverenciando lendas da música. É muito emblemático anunciarmos agora essas três mulheres. Ter Marcia Griffiths nesse momento em Belém é um presente não só pra cena do reggae, como para quem acompanha o que tá rolando em festivais mundo afora. Será a primeira de muitas vezes da incrível Ana Frango Elétrico! E, claro, nossa diva Valéria Paiva, que apresenta seu show solo, mostrando o seu tamanho na música paraense. Estamos muito felizes com o que anunciamos agora, e com o que ainda vamos anunciar”, complementa Marcelo Damaso, um dos idealizadores do festival ao lado de sua sócio Renée Chalu.

Ana Frango Elétrico | Foto: Hick Duarte

Com apenas 27 anos, a prolífica artista e produtora Ana Frango Elétrico já conquistou admiradores ao redor do mundo. Seu segundo álbum, Little Electric Chicken Heart, foi indicado ao Grammy Latino de 2020 e conquistou a admiração de nomes como Gilles Peterson e The Needle Drop – assim como da grande mídia global. Desde então, os singles “Mama Planta Baby” e “Mulher Homem Bicho” receberam o prêmio WME ‘Best Music Producer’, reconhecendo sua paixão pela produção musical – uma paixão que levou a colaborações com nomes como Jards Macalé, Criolo, Dora Morelenbaum, Illy e Sophia Chablau. Mais recentemente, Ana foi premiada por sua co-produção do álbum vencedor do Grammy Latino de Bala Desejo em 2022, Sim Sim Sim. Em 2023, seu terceiro álbum de estúdio Me Chama De Gato Que Eu Sou Sua foi eleito o álbum do ano pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

Marcia Griffiths | Foto: Divulgação

Marcia Griffiths nasceu em 1949 e surgiu para a música junto com o surgimento da própria música de seu país. No início dos anos 60, ela já era figura frequente nos shows do produtor e bandleader Byron Lee, quando seu talento chamou atenção do fundador do lendário Studio One, Sir Coxsone Dodd. Assim começa sua carreira de gravações, primeiro em duetos com nomes como Tony Gregory, Bob Andy e Bob Marley. Até que em 68, os primeiros grandes sucessos surgem nas paradas jamaicana e inglesas, com músicas como “Truly”, “Melody Life” e “Feel Like Jumping. 

Ela foi uma das primeiras mulheres jamaicanas a desbravar a Europa em longas turnês no início dos anos 70. Em 1974 Marcia Griffiths se juntou a Judy Mowatt e Rita Marley para compor o mítico trio de backing vocals “The I-Threes”, que acompanhou Bob Marley até o fim de sua carreira em 1981. Em 1983 Griffiths gravou o clássico Eletric Boogie que, a partir de uma nova versão em 1989, ganhou destaque internacional ao atingir os topos das paradas americanas e inglesas, como o single de reggae de uma mulher mais vendido da história.

Valéria Paiva | Foto: Divulgação

​​Nascida em Santa Isabel do Pará, Valéria Paiva começou a cantar em 1986 aos 11 anos em um concurso de calouros no colégio que estudava. A artista passou por várias bandas e em 1995 fundou com seu atual sócio (Neco) a Banda Fruto Sensual, na cidade de Itinga, no Maranhão. Em 2001 recebeu o título de Rainha das Aparelhagens por compor músicas que enaltecem as mesmas. Em 2023 foi enredo da escola de samba Boêmios da Vila Famosa de Icoaraci, que foi campeã do carnaval do grupo de acesso. A artista teve sua música “Está no Ar”, na trilha sonora do filme “O Rio do Desejo”. Já as músicas “Sou do Norte”, “Príncipe Negro” e “Está no Ar” estarão em outra produção nacional ainda inédita. Focada em novos horizontes, Valéria está produzindo um álbum que mistura Guitarrada com Carimbó, Tecnomelody, Brega, Calypso e Cumbia, buscando sempre trazer algo novo pro cenário musical paraense sem perder a sua essência. 

19º Festival Se Rasgum – Nesta edição, serão dois dias gratuitos de shows, com festa de abertura no dia 11 de setembro, em local que será divulgado em breve. No dia 12 o festival toma conta do Píer das Onze Janelas pelo terceiro ano consecutivo, ocupando o espaço que é patrimônio cultural da capital paraense com muita música e festejo.

No dia 13 de setembro é a vez do Festival Se Rasgum ocupar o palco do Teatro Margarida Schivasappa, em apresentações mais intimistas nas quais o público poderá se sentir mais próximo de seu artista preferido. Sendo assim, o festival conta com ingressos limitados. 

Já no dia 14 o Se Rasgum desembarca no Espaço Cultural Na Bêra, com três palcos e mais de 12 horas de celebração da música amazônica, nacional e mundial. Um festival amazônico, acontecendo à beira do gigante rio Guamá, também tem espaço para performances e ações que promovem o debate sobre o meio ambiente e a sustentabilidade.

“Seguimos na resistência da produção musical na Amazônia, são 19 edições consecutivas trabalhando para entregar uma experiência única para o público, sempre nos reinventando e ocupando vários espaços da cidade. Temos a missão de revelar a nova música brasileira e amazônica, ela que ecoa de todos os lados, vem das florestas, das cidades e dos rios, reforçando o conceito de fomentar cenas e revelar os futuros headlines que estarão em grandes festivais pelo Brasil, e para isso convidamos o público a conhecer as novas apostas musicais desse ano. Teremos shows inéditos, exclusivos e de mãos dadas com a conscientização ambiental, sustentabilidade, diversidade e inclusão, tornando o ambiente da cultura e arte o lugar de mudança e do futuro.”, pontua Renée Chalu, outra idealizadora do Se Rasgum.

O Festival Se Rasgum é associado à Abrafin e Circuito Amazônico de Festivais, e tem como objetivo incentivar e fomentar a música independente por meio da produção musical, capacitação, promoção e conexões no mercado da música brasileira, especificamente da região da Amazônia Legal. Garanta já o seu ingresso!