Sâmia aciona PGR contra o presidente da CPI do MST por declaração machista e gordofóbica
Zucco fez uma declaração machista e gordofóbica ao ironizar se Sâmia queria tomar um “remédio” ou comer um hambúrguer para “se acalmar”
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) está tomando medidas legais após ser alvo de um comentário machista e gordofóbico durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST), presidida pelo tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS). O episódio ocorreu na última quinta-feira (3) e levou a parlamentar a acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Zucco fez uma declaração machista e gordofóbica ao ironizar se Sâmia queria tomar um “remédio” ou comer um hambúrguer para “se acalmar”. A deputada rebateu os comentários.
Além disso, a atitude de Zucco em desligar seu microfone durante a sessão desmoraliza o trabalho da comissão e reflete um padrão de comportamento recorrente por parte do presidente da CPI, tanto no ambiente parlamentar quanto nas redes sociais, afirmou Sâmia.
A deputada ressaltou que esse incidente é apenas mais um exemplo dos casos de abuso de autoridade e violência de gênero enfrentados pelas parlamentares mulheres durante a CPI. Ela enfatizou que, em vez de focar nas responsabilidades originais da comissão, como a investigação do MST, a postura tem sido de acumular episódios de violência política.
Diante da gravidade da situação, a deputada Sâmia Bomfim pretende adicionar esse episódio aos autos do inquérito já aberto sobre violência política de gênero na PGR, bem como à representação contra Zucco protocolada pelo PSOL no Conselho de Ética da Câmara.